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Levando em conta que até um comercial de sabão em pó pode assumir aspectos totalitários, não vejo porque calcar a crítica especificamente no programa. Vale lembrar que a televisão reflete a sociedade e esta, ao se espelhar naquela, tão somente devolve a resposta ao seu retrato fiel emitido pela tela. Somos um mundo doentio, que precisa de espetáculos medíocres para esvaziar nossas mentes decepcionadas com o resultado infrútifero de séculos de especulações filosóficas. Ninguém ficou mais feliz depois do iluminismo e pensar demais "dói", é o que a maioria das pessoas descobriu, porque então enxergam coisas que antes não viam e chegam à conclusão de que não poderão modificá-las. O fanatismo por uma "televisão inteligente, apologística das programações 100% cults" também revela outras faces de nosso voyerismo/exibicionismo, embora travestido pela intelectualidade: documentários sobre guerras civis, documentários sobre mazelas sociais, mesas redondas debatendo múltiplos assuntos...Será que há mesmo interesse maior e preocupações sociais e humanitárias de quem assiste/debate , ou trata-se apenas de compensação das próprias misérias através da comiseração com as desgraças alheias? Não é o BB que nos faz piores, nós é que criamos o BB. Em verdade, somos nós os corrompidos, SEMPRE FOMOS, a literatura do Marquês de Sade já indicava há tempos nossos vícios, mas agora a TV veio para tornar pública e menos restrista aos "círculos pensantes" as nossas abominações e ridicularias.