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IRÃ

A nova guerra do ópio

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Situado na rota do ópio, entre os campos de papoula do Afeganistão e o mercado europeu da heroína, o Irã está numa verdadeira guerra contra o tráfico. Mas a repressão é quase inútil. Única solução: estimular lavouras alternativas nos campos afegãos

Cédric Gouverneur - (01/03/2002)

Quando anoitece, podem ser vistos homens em camionetes, nas calçadas de Zahedan, no Sistan-Baluchistão, vendendo ópio e heroína aos compradores locais

Perdida nos confins das fronteiras paquistanesa e afegã, Zahedan parece uma cidade oriental comum: um bazar movimentado, amplas avenidas congestionadas e, na periferia, intermináveis bairros de casas de taipa onde se amontoam os deserdados. Por trás dessa fachada, a capital da província iraniana do Sistan-Baluchistão esconde uma situação singular: a de etapa fundamental do tráfico mundial de tóxicos. Nas ruas, cobertas de retratos do aiatolá Ruhollah Khomeini, cruzam-se, medindo forças, caminhões do exército e as camionetes 4 x 4 dos traficantes. Quando anoitece, nas calçadas, podem ser vistos homens em camionetes, vendendo ópio e heroína aos compradores locais. Mas a ação principal ocorre longe da vista dos observadores, para além de Zahedan, na desolação dos vales áridos e das colinas desbastadas pela erosão.

Durante a noite, os traficantes balúchis, carregando galões de gasolina, partem para o Afeganistão, onde o precioso combustível é dez vezes mais caro. Voltam para o Irã trazendo clandestinos afegãos que, endividados com o intermediário, ilegais aos olhos das autoridades e explorados nos canteiros de obras iranianos, vão continuar talvez seu périplo até Sangate. Trata-se de um comércio humano secundário para os contrabandistas, mais interessados no tráfico da droga. O ópio afegão é produzido nas províncias pashtu de Helmand, no sul, e de Nangarhar, a leste. Uma parte é refinada em heroína, nos confins do Afeganistão e do Paquistão, em laboratórios rudimentares.

Contrabando como solução

A droga entre de carro, de moto, a pé, em comboios de camionetes 4x4, com telefones via satélite, óculos de visão noturna, fuzis-metralhadoras e mísseis estadunidenses Stinger

Pela “rota do sul”, depois de um desvio pelo Paquistão, a droga entra no Irã por caminhos que os contrabandistas conhecem há séculos. De carro, de moto, a pé, em comboios de dezenas de camionetes 4 x 4 – com escoltas equipadas com telefones celulares via satélite e óculos de visão noturna, fuzis-metralhadoras, bazucas e até mísseis norte-americanos Stinger –, um fluxo incessante de tóxicos passa pela fronteira iraniana, por todos os meios. Existem mesmo caravanas de camelos que, treinados para reconhecer o caminho, não precisam mais de acompanhamento humano e podem transportar até sete toneladas de tóxicos. São os mesmos camelos cujos donos às vezes fazem com que ingiram ópio, por ocasião das festas tradicionais, para fazê-los “dançar”.

Os balúchis não respeitam fronteiras. A era cultural desse povo sunita situa-se nos territórios do Irã, do Afeganistão e do Paquistão. Para determinados setores dessa sociedade de clãs, cujos membros às vezes têm uma tripla nacionalidade, o contrabando entre esses três países é uma atividade secular, lucrativa e, para muitos, a única solução econômica possível, devido à terrível seca que atinge a região há alguns anos. “Esses homens, infelizmente, são pessoas comuns”, reconhece, no meio da falação de praxe, um alto dirigente iraniano da luta contra o tráfico.

Enforcamento em praça pública

Existem caravanas de camelos que, treinados para reconhecer o caminho, não precisam de acompanhamento e podem transportar até sete toneladas de droga

Isso porque, se os chefes tradicionais balúchis condenam o consumo de tóxicos, que corrompe outros setores da sociedade iraniana (leia, nesta edição, o artigo “Os estragos da toxicomania”), são menos severos com relação ao tráfico, fonte de riquezas para autoridades locais. No Baluchistão, a solidariedade clânica é tal que, contrariamente aos marginais afegãos, que garantem a passagem do ópio pela “rota do norte”, na província de Khorasan, os traficantes balúchis não têm necessidade de recorrer a seqüestros para garantir o apoio logístico da população.

Pouco conscientes dos prejuízos sociais provocados pelos produtos que carregam, os transportadores, no entanto, correm o risco de pena de morte se sua carga exceder trinta gramas de heroína ou cinco quilos de ópio. Cinco traficantes – dentre os quais uma mulher – foram enforcados, por meio de guindastes, numa praça pública de Teerã, numa manhã de março de 2001. Novecentos outros foram mortos no decorrer do ano de 2000, e mais de 80 mil dos 170 mil detentos iranianos estão na prisão por ocorrências ligadas a tóxicos.

Rota mais curta para a Europa

“Para nossa desgraça, o Irã é a rota mais curta entre o país produtor, Afeganistão, e os consumidores europeus”

As forças armadas iranianas interrogam todos os anos milhares de transportadores aprendizes, que escondem ópio, heroína, haxixe ou morfina em solas de sapatos, móveis de fundo falso, tubos de pasta de dente, eletrodomésticos, vídeo cassetes, e até em papel moeda.

Uma criatividade que só é comparável à enormidade do comércio mundial de tóxicos. No segundo lugar em importância, depois do petróleo, o comércio da droga gera 500 bilhões de dólares por ano de receita no mundo. Os lucros são exponenciais: um quilo de ópio é comprado por 30 dólares ao plantador afegão – e pago em produtos alimentícios. Os transportadores recebem de 15 a 30 dólares por dia, conforme sua função. O mesmo quilo de ópio é negociado em seguida por 100 dólares em Zahedan, 600 em Teerã e 2.400 na Turquia. Refinado por anidrido acético, cada quilo de ópio produz 100 gramas de heroína. Cerca de 100 dólares são suficientes para equipar um laboratório clandestino. Um grama de heroína – com grau de pureza de 65% ou de 80% – é revendido de 30 e 40 euros (de 65 a 85 reais) nas calçadas das cidades européias (leia, nesta edição, o artigo “Morte pela seringa na Europa”). De 80% a 90% da heroína consumida na Europa tem como origem os campos de papoula afegãos.

“Para nossa desgraça, o Irã é a rota mais curta entre o país produtor, o Afeganistão, e os consumidores europeus. Diante da fragmentação da Ásia central ex-soviética, os traficantes só têm, via Irã, duas fronteiras para atravessar”, lamenta-se um alto graduado do exército iraniano. Uma vez no Irã, a droga atravessa as zonas montanhosas do norte e do sul do país até a fronteira turca. Em direção a Yazd, no centro, traficantes balúchis e afegãos se revezam com outros: azerbaijãos, persas e curdos.

Um assassinado a cada três dias

No segundo lugar em importância, depois do petróleo, o comércio da droga gera 500 bilhões de dólares/ano de receita no mundo, com lucros exponenciais

“Depois da revolução de 1979, o Irã, que era um tradicional país produtor, realizou a façanha de erradicar a cultura da papoula no espaço de um ano e meio”, confirma Antonio L. Mazzitelli, representante em Teerã do Programa das Nações Unidas para o Controle Internacional da Droga (PNUCID). A partir de então, a República Islâmica faz o que pode para barrar o fluxo de tóxicos que atravessa seu território. A política antidrogas está sob a responsabilidade da ala reformadora do presidente Mohammad Khatami, depois de uma tentativa infrutífera da justiça iraniana, que está nas mãos dos conservadores do guia da República, Ali Khameini, de se apoderar dela, em janeiro de 20011.

42 mil soldados, policiais e milicianos – ou seja, cerca de um décimo das forças armadas da República Islâmica – estão espalhados, in loco, pelos 1.950 quilômetros da fronteira oriental, dos confins espinhosos da região norte do país até o Oceano Índico, de mais de 200 torres de observação e dezenas de muros de concreto fechando os desfiladeiros, centenas de quilômetros de fossos e de arame farpado. É um investimento de um bilhão de dólares, aos quais se acrescentam os custos de manutenção. O parlamento iraniano (Majlis) desbloqueou o equivalente a 25 milhões de dólares em 2000 para reforçar ainda mais a fortificação da fronteira. A partir de 1979, 3.140 membros das forças de segurança, dentre os quais dois generais, perderam a vida em choques com traficantes2, ou seja, um funcionário a cada três dias.

Ajuda internacional limitada

A partir de 1979, 3.140 membros das forças de segurança, dentre os quais dois generais, morreram em confrontos com traficantes

Em outubro de 1999, em Gurnak, ao sul de Zahedan, trinta e sete soldados foram cercados e massacrados pelos homens que perseguiam, quando procuravam o grupo de um mafioso local, mulá Kemal Salah Zehi. A rádio local, de uma ONG iraniana de prevenção e ajuda aos drogados, Aftab (o sol), é dirigida por Ali. Um de seus amigos, recém-casado, convocado para o contingente, caiu sob as balas em Gurnak. “Se o Irã deixasse transitar a droga, nossos soldados não seriam mortos, e menos heroína ficaria em nosso país. O Ocidente, principal consumidor, pouco nos auxilia. Provavelmente porque não gosta de nós.” É um ponto de vista partilhado por muitos iranianos, conscientes da imagem negativa de seu país no Ocidente.

E, se deixarmos de lado os encontros bilaterais das autoridades anti-narcóticos iranianas com seus colegas asiáticos e europeus, é forçoso constatar que a ajuda internacional continua limitada. A Comissão Européia e quatorze países doadores contribuem para o orçamento do PNUCID (20 milhões de euros por ano, ou seja, uns 45 milhões de reais), que atua na prevenção, em cooperação com o governo iraniano. A França forneceu, além disso, dez cães antidroga e a Grã-Bretanha, coletes à prova de bala. “O Parlamento britânico teve que votar uma lei especial para permitir o envio de simples coletes à prova de bala”, informa Mazzitelli. “Até as vacinas dos cães anti-narcóticos devem ser importadas. Por que razão? Porque um de seus componentes poderia supostamente servir para a fabricação de armas químicas”.

Desinteresse norte-americano

A droga consumida nos EUA não parte da Ásia Central, mas do Sudeste Asiático e América Latina: Washington não tem nenhum interesse em auxiliar o Irã contra o tráfico

Antes mesmo que o presidente Georges Walker Bush, em seu último discurso sobre o estado da União, no final de janeiro de 2002, ameaçasse com uma operação militar o Irã, que formaria com a Coréia do Norte e o Iraque, “um eixo do mal”, Washington considerava a República Islâmica primeiramente como um “Estado delinqüente (rogue state)”, e depois como um “Estado preocupante (a state of concern3 )” e a submetia a sanções unilaterais (as sanções datam de antes do termo state of concern, quando ainda se usava rogue state)4. Confirmadas em julho de 2001, essas sanções trouxeram conseqüências até para a luta contra a droga. Conseqüência: os traficantes estão mais bem equipados do que os militares.

A droga consumida nos Estados Unidos não provém da Ásia Central, mas do Sudeste Asiático e da América Latina: Washington, portanto, não tem nenhum interesse direto em auxiliar o Irã em sua luta contra o tráfico. Desde janeiro de 2002, a tensão entre Teerã e a Casa Branca passa, além disso, por um brusco agravamento provocado pela inspeção do cargueiro Karine A, carregado de armas provenientes do Irã, segundo Israel, que serviriam para aprovisionar a resistência palestina.

A tentação do suborno

Confirmadas em julho de 2001, as sanções ao Irã tiveram conseqüências na luta contra a droga: os traficantes estão melhor equipados do que os militares

Mais de 250 toneladas de tóxicos foram apreendidas no território iraniano durante o ano 2000. O PNUCID calcula que, mundialmente, os países interceptam somente entre 10% e 20% da droga, o que significa que, sem dúvida, de mil a duas mil toneladas de narcóticos conseguiriam passar do Afeganistão para a Turquia. Por isso, as autoridades responsáveis pela luta contra o tráfico no Irã quase que se desculpam: “A fronteira é simplesmente extensa demais. Desertos, montanhas, pântanos... Não podemos controlar tudo”, lamenta um deles. “Fazemos o possível”, exalta-se um outro. “Nossos 3 mil mártires estão aí para provar isso.”

É evidente, mas a insuficiência do dispositivo é perceptível em qualquer ponto de controle menos importante. No posto de fronteira de Taybad, no Khorasan, pode-se ver uma fila ininterrupta de reboques afegãos em fila, pára-choque contra pára-choque, com os caminhoneiros transferindo os carregamentos de um reboque para outro antes de entrar em território iraniano. Totalmente sobrecarregados, os soldados da Aliança do Norte e os guardas de fronteira iranianos dão uma olhada nos documentos de identidade, na carga e na carroceria. E cabe ao observador imaginar a tentação que deve representar para um funcionário mal pago o maná do tráfico. Oficialmente, não se registra nenhum caso de corrupção. O que pode parecer surpreendente, quando, nos jardins públicos de Teerã, os pequenos revendedores negociam sua tranqüilidade por 15 dólares por dia com determinadas patrulhas de polícia.

Futura colheita pode ser alta

A guerra contra esse fluxo de tóxicos significa uma tarefa tão pesada quanto a da pedra de Sísifo. “Só a erradicação do mal pela raiz porá fim ao tráfico”, analisa Ketabdar. “O Afeganistão é o Nadistão: não há nada, a não ser ópio. É preciso tirar o país da miséria e desenvolver, para seus camponeses, alternativas ao cultivo da papoula.” É uma questão que foi deixada em suspenso quando da intervenção norte-americana. “Não sei se as bombas norte-americanas puseram fim ao problema do taliban”, ironiza Ketabdar, “mas em todo caso não resolveram a questão do ópio.” Para Mazzitelli, ocorreu mesmo o oposto: a ofensiva norte-americana agravou a questão do cultivo da papoula, que sustenta 3,3 milhões de afegãos.

“Depois de ter produzido 4.600 toneladas de ópio em 1999, o Afeganistão do taliban decretou, em julho de 2000, a erradicação das plantações. É plausível que o mulá Omar tenha tomado essa decisão para permitir que os traficantes escoassem seus estoques e, dessa forma, fazer subir os preços do mercado. É evidente que pudemos constatar in loco uma queda drástica das áreas cultivadas. A produção caiu para 185 toneladas em 2001.” Por falta de assistência, os plantadores e suas famílias caíram na miséria. “Desde a derrocada do regime taliban, os camponeses aproveitaram o ambiente de caos para replantar.” A futura colheita, em junho próximo, poderia, portanto, ser substancial. É difícil, no entanto, criticar os camponeses afegãos por procurarem garantir sua subsistência. “Não têm outra alternativa: um campo de papoula rende quinze vezes mais do que uma plantação de produtos alimentícios”, lamenta Mazzitelli.

Aumenta o lucro das máfias

Ahmid Karzai, primeiro-ministro interino afegão, anunciou, em meados de janeiro, a decisão de erradicar o cultivo da papoula, gesto que foi louvado pela comunidade internacional, inclusive o Irã. No entanto, pode-se questionar a real capacidade de Cabul de controlar o país – já começam conflitos entre chefes tribais – e, ainda mais, a capacidade de impor essa erradicação às províncias produtoras, habitadas pelos pashtus, pouco simpáticos ao novo poder, oriundo da Aliança do Norte tadjique.

O Afeganistão obteve 4,5 bilhões de dólares de ajuda internacional por ocasião da conferência de Tóquio, em janeiro. O Irã alocou 560 milhões de dólares em cinco anos, dos quais 120 estarão disponíveis a partir deste ano. “A comunidade internacional não visa, por enquanto, financiar projetos de desenvolvimento alternativo e de culturas de substituição, mas a reconstrução da infra-estrutura do país”, esclarece Mazzitelli. Diante da miséria do Afeganistão, a luta contra a produção de ópio poderia, portanto, sofrer por causa de um problema de prioridades. Para o maior lucro das máfias que controlam esse tráfico globalizado florescente e em detrimento dos mais vulneráveis, dos campos afegãos aos guetos da Europa. (Trad.: Regina Salgado Campos)

1 Ler, de Eric Rouleau, “En Iran, Islam contre islam”, Le Monde Diplomatique, junho de 1999. 2 National drug control report 2000, Islamic republic of Iran drug control headquarters, Teerã. 3 Ler, de Noam Chomsky, “EUA, o Estado-delinqüente”, Le Monde diplomatique, agosto de 2000. 4 O Irã está submetido a medidas unilaterais norte-americanas, e não a um embargo internacional. A lei sobre a não-proliferação de armas no Irã e no Iraque (de 23 de outubro de 1992) sanciona qualquer Estado estrangeiro que transfira procedimentos técnicos ou bens capazes de auxiliar a adquirir armas clássicas aperfeiçoadas, armas químicas, biológicas ou nucleares. Essas sanções implicam na proibição de participar de mercados públicos do Estado federal, de obter uma licença de exportação, a oposição dos Estados Unidos a qualquer contribuição financeira oferecida pelas instituições financeiras internacionais e a suspensão das transferências e de vendas no âmbito da defesa. O Senado norte-americano prorrogou por cinco anos, em julho último, a Lei Amato, de 1996 (que visa também à Líbia), sancionando qualquer empresa estrangeira que invista mais de 20 milhões de dólares por ano nos setores de petróleo e de gás. Adotada em março de 2000, a Iran Non Proliferation Act é uma lei que visa a impedir a cooperação nuclear russo-iraniana.




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