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Presidente da Inf’ogm, biólogo da procriação, diretor de pesquisa do Institut national de la santé et de la recherche médicale (Iserm). Publicará em maio Le Vivan manipulé, éd. Sand, Paris
A seleção de imigrantes segundo seu DNA, adotada pela França, reacende um pesadelo contemporâneo. Ela revela que o estímulo obsessivo à competição, que caracteriza o neoliberalismo, pode descambar para a discriminação — e descarte — dos "indivíduos menos aptos"
Por seu potencial futuro, a transgenia deve ser cada vez mais praticada em laboratório. Mas não há sentido em cultivar plantas modificadas agora - quando nenhum risco foi afastado, nenhuma conquista relevante alcançada e o único interesse que prevalece é o das transnacionais
É hora de romper com o mito do Progresso herdado do Iluminismo. Ele impede de pensar que mesmo face à ciência e suas produções, os homens poderiam ser livres e iguais
A promissora experiência das conferências de cidadãos pode ser um caminho para inventar novas formas de democracia participativa
Apesar da indignação geral, experiências que tinham como perspectiva a clonagem humana não foram proibidas e, portanto, continuaram a ocorrer, demonstrando a ambivalência da ética da ciência oficial
Até que ponto os efeitos de uma tecnologia "de risco", como são os transgênicos, prescindem da opinião dos cidadãos? É ético deixar que as decisões sobre temas como esse sejam tomadas apenas por especialistas e políticos?