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REPORTAGEM

Por dentro do labirinto birmanês

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Dois jornalistas num dos países mais fechados do mundo. Ditadura, corrupção, lutas secretas pelo poder — e uma influência crescente do poderoso vizinho chinês

André Boucaud, Louis Boucaud - (10/11/2006)

Apesar de pouco freqüente, a transferência de uma capital não é um acontecimento excepcional em si. Mas, em Myanmar, onde tudo é decidido da forma mais secreta possível, o deslocamento da capital atordoou toda a região. Desde 6 de novembro de 2005, caminhões entulhados de escrivaninhas, cadeiras, bancos, materiais diversos – e de funcionários descrentes – deixaram Rangum (Yangon) e se dirigiram para Pyinmana, 390 km ao norte. Situada nas proximidades, no meio de colinas cobertas de selva e infestadas pela malária, a nova capital política e administrativa foi batizada de Naypyidaw, que significa "cidade real".

A zona militar está agrupada na parte leste, em torno do "War office", enquanto o setor dos ministérios e os futuros locais de habitação dos funcionários se estendem a oeste da nova estação, ao longo da via férrea Rangum-Mandalay. Mas pouco mais de um quarto da enorme área em obras está acabado, com uma distribuição elétrica muito fraca e, praticamente, sem abastecimento de água potável. Em contrapartida, o aeroporto, indispensável aos generais da junta de Myanmar, foi aberto, enquanto que enormes bases militares destinadas a receber os centros fundamentais do quartel-general das Forças Armadas teriam sido instaladas nas colinas.

Desde sua origem, a idéia da transferência da capital foi sustentada pelo mais alto dirigente da junta militar no poder desde 1988, o general Than Shwe. Ela responde a três preocupações: voltar à tradição real, pois Rangum era uma emanação do colonizador britânico [1]; afastar a possibilidade de um levante popular, tal como o de 1988; e se colocar ao abrigo de uma agressão norte-americana [2]. Distanciar-se do litoral e entrincheirar-se nas profundezas do território tornou-se um lema estratégico, que a invasão do Iraque pelos Estados Unidos levou ao ápice, em 2003. Por fim, Than Shwe decidiu acelerar a transferência, por causa das recomendações de seus... astrólogos.

Mentalidade de trincheira, negócios escusos

Fechados numa mentalidade de campo entrincheirado e habitados por um espírito tradicionalmente isolacionista, os generais birmaneses pensam estar assim menos vulneráveis. Há anos, eles refletiam a respeito dessa opção. Ela foi um dos pontos de discórdia entre os generais Than Shwe e Maung Aye, e seu principal rival, o chefe dos serviços de informação, o general Khin Nyunt. Pouco após a eliminação deste último, em outubro de 2004, Than Shwe encarregou um de seus seguidores leais, o general Thura Shwe Mann, o número três do regime, de supervisionar e de acelerar os trabalhos de Pyinmana. Mas naquele momento, falava-se apenas de uma transferência do ministério da Guerra.

Dentre as numerosas empresas de construção engajadas nesse vasto canteiro de obras, três das mais importantes estão não somente ligadas ao poder, mas também implicadas nas atividades ilícitas. A sociedade Htoo Trading Company pertence ao magnata e vendedor de armas Tay Za, um associado próximo de Than Shwe. A sociedade Asia World Co, do ex-rei do ópio Lo Hsing Han, assim como Olympic Construction Co, de U Aik Htun, são ambas tidas como suspeitas de lavar o dinheiro referente à droga. Ainda mais porque o banco Asia Wealth Bank, que pertence ao conglomerado Olympic, foi fechado em abril de 2005, sob ordem do general Maung Aye, em seguida às acusações norte-americanas de lavagem de dinheiro.

Essa transferência da capital serve também como uma oportunidade para que Than Shwe reforce o seu próprio controle de poder. Para garantir a segurança da nova capital, um novo comando militar regional – o Naypyidaw Regional Command – foi acrescentado aos 12 comandos já existentes. Ele é supervisionado por um quinto Special Bureau of Opération que incorpora igualmente o Rangoon Command. Para o comando deste novo Special Bureau of Operation foi conduzido Myint Swe, sobrinho e seguidor leal do poderodo general Than Shwe, ex-chefe do Rangoon Command, recém-nomeado tenente-geral.

Myint Swe confirma assim sua posição de número quatro do regime, ao mesmo tempo em que assegura o controle de Than Shwe sobre todo aparelho do Conselho de Estado para a Paz e o Desenvolvimento (State Peace and Development Council, SPDC), órgão que dirige o país. O poder militar nunca foi tão grande. O que deixa o exorbitante custo da transferência da capital ainda mais execrável, considerando a situação econômica do país e as condições de vida deploráveis da população. Os funcionários, para quem foi imposta a bizarra mudança de endereço, não têm outra escolha, a não ser segui-la ou fugir clandestinamente para a Tailândia. A população está demasiadamente preocupada com a sua sobrevivência cotidiana para pensar em se revoltar, sobretudo contra uma medida extremamente ínfima dentre os caprichos do poder.

Relações tensas com a Tailândia

A ditadura de Mianmá está sempre dilacerada pelas lutas de clãs, independentemente da rivalidade entre os generais Than Shwe e Maung Aye, e por seus desacordos profundos sobre as grandes orientações políticas do país. Os dois dirigentes têm posições quase opostas, quando se trata das relações com a oposição, com as minorias étnicas e com seus próprios vizinhos.

As maiores crispações continuam com Bancoc, embora o primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra tenha obtido os favores da junta. Mas o fato de o presidente George W. Bush ter qualificado a Tailândia como um dos melhores aliados dos Estados Unidos, fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não ajudou a enterrar as velhas querelas. Assim como também as memórias tailandesas não apagaram para sempre o saque que os mian fizeram na sua capital Ayuthaya em... 1767.

É certo que os últimos atritos datam de 2001, sendo amplamente exacerbados pelo tráfico de anfetaminas, quando alguns milhões de comprimidos eram exportados para a Tailândia, desde o Estado shan, pelos ex-grupos rebeldes, que tinham assinado acordos de cessar-fogo e se tornado aliados do exército de Myanmar. A humilhação sofrida pelo país – no momento da intervenção dos caças F-16 tailandeses, que a aviação birmanesa foi incapaz de afrontar – precipitou a compra do Mig 29 da Rússia. Entretanto, apesar de acusar freqüentemente Bancoc de sustentar os rebeldes das minorias étnicas Karen, Karenni, Shan, ainda em luta armada, assim como os membros da Frente Democrática dos Estudantes de Myanmar (All Burmese Student Democratic Front - ABSDF) no exílio, os dois países assinaram um protocolo de acordo em novembro de 2005 para a construção de várias barragens sobre o rio Salween.

Oposição: vigiada ou atrás das grades

Nada disso teve o menor prosseguimento, já que, em fevereiro de 2006, o estado-maior de Myanmar passou a considerar a eterna possibilidade de uma invasão tailandesa teleguiada pela CIA. O que serve também de justificativa à transferência da capital para Pyinmana e à estreita vigilância sobre os dirigentes dos partidos políticos. O controle recai principalmente sobre a Liga Nacional pela Democracia (LND), da carismática Aung San Suu Kyi, a quem se pretende liquidar rapidamente, para que eles não possam servir de fundamento às "forças de invasão".

A LND, como praticamente todos os partidos de oposição, está neutralizada. Somente sua sede de Rangum continua aberta. Todos os seus outros escritórios no país foram fechados. Seus principais dirigentes, Aung San Suu Kyi e seu vice-presidente Tin Oo, estão em residência vigiada e em isolamento total. O resto do estado-maior, envelhecendo, em breve apenas poderá reinar sobre uma estrutura oca. As linhas de transmissão do partido estão cortadas, e a substituição quase não existe. É verdade que alguns escritórios da LND foram timidamente reabertos no início de 2006, mas será necessário um esforço colossal para colocar novamente tudo nos trilhos.

É o mesmo destino que enfrenta a segunda formação do país, a Liga Nacional Shan pela Democracia (Shan National Ligue for Democracy - SNLD), aliada da LND. Uma campanha de detenção prendeu seus principais dirigentes. Eles tinham, como os da LND, recusado a encenação da Convenção Nacional – encarregada de escrever, do fim de fevereiro ao dia 31 de março de 2005, uma nova Constituição, "aprovada por todos os representantes do país", mas destinada a perpetuar e a legitimar o papel do exército no controle do poder.

Quanto às minorias étnicas, elas estão divididas em dois grupos: os grupos que aceitaram o que dita a junta, submetendo-se, assinando acordos de cessar-fogo ou se aliando ao SPDC; e os últimos grupos armados acuados nas fronteiras, para quem o general Maung Aye oferece apenas duas possibilidades: submeter-se ou morrer [3].

Os representantes de inúmeros grupos das minorias étnicas, independentemente do campo ao qual eles tenham aderido, reuniram-se em um Conselho das Minorias Étnicas (Ethnic Minorities Council – ENC), assim que constataram sua fraqueza e sua incapacidade de impor qualquer tipo de diálogo — e, menos ainda, suas perspectivas — ao SPDC. Todos reconhecem que, tendo assinado acordos isolados de cessar-fogo, apenas visaram seus interesses particulares a curto prazo, por mais que os generais birmaneses tenham tirado partido das particularidades e das divisões. Na verdade, o SPDC não tem a intenção de dialogar, com ninguém, assim com não pretende transferir ou partilhar o poder.

Was: de ex-comunistas a narco-traficantes

No panorama político de Myanmar, o movimento nacionalista Wa – United Wa State Army (UWSA) – ocupa um lugar particular. Quando constituíam o principal componente minoritário das forças do Partido Comunista Birmanês (PCB), os Was foram obstinados inimigos do poder central de Rangum. Mas quando o PCB se rompeu, em 1989, eles assinaram acordos de cessar-fogo e obtiveram, em contrapartida, uma liberação do tráfico. Tornaram-se assim uma potente organização narco-traficante, aliada ao SPDC e mantendo com ele relações conflituosas. Os Was não têm outra reivindicação que a de controlar uma região autônoma, inteiramente sob seu controle. Nela, não usam a moeda legal birmanesa (o kyat), mas a chinesa (o yuan). As únicas línguas faladas e ensinadas são o wa e o chinês. Os Was pouco se importam com os sobressaltos políticos da Myanmar. Sustentados pela China, interessam-se acima de tudo pelos negócios, sejam legais ou ilegais. Os Was controlam dois vastos territórios. Ao Norte, a "Região Especial nº2", ao longo da fronteira chinesa. Ao Sul, os territórios menos definidos, que lhes foram atribuídos como agradecimento pela ajuda dada ao exército birmanês, na luta com os Shans do rei do ópio, Khun Sa. Esse setor de influência que o UWSA procura expandir é controlado pelo chinês Wei Shao Kang. Ele recuperou as redes da droga chinesa no Norte da Tailândia, que pertenciam ao ex-Kuomintang – grupo político chinês expulsos da China pela vitória comunista de Mao Tsé-tung. Wei Shao Kang tornou-se o parceiro decisivo de Pao Yo Chang, dirigente do UWSA, e seu principal financista implicado no narcotráfico, como também em todas as atividades econômicas associadas aos Was. O império econômico de Wei Shao Kang abrangeria bancos privados e uma companhia aérea interior, assim como o enorme conglomerado Hong Pang Co, presente na agroalimentação, na construção civil, nos trabalhos públicos, na fabricação industrial e na pirataria de DVDs. Todas estas atividades permitem a lavagem de dinheiro. Em janeiro de 2005, um tribunal norte-americano condenou por contumácia os oito principais dirigentes do UWSA (dentre os quais Pao Yo Chang e Wei Shao Kang) acusados de tráfico de drogas, além das precedentes acusações de lavagem de dinheiro sustentadas contra dois bancos controlados pelos Was, o Asia Wealth Bank e o Myanmar Mayflower Bank. O general Maung Aye, que procura eliminar essa dominação sino-wa, aproveitou-se desses ataques vindos do exterior para conseguir que os dois bancos incriminados fossem fechados, em abril de 2005.

Dominó de conflitos, após fechamento de bancos

A decisão provocou grandes perdas no sistema financeiro dos Was. Mas estes últimos não eram os únicos acionistas dos dois bancos: algumas partes destes pertenciam a vários clãs de generais birmaneses. Como conseqüência quase imediata, houve uma série de atentados, jamais reivindicados, em Rangum, em maio, causando dezenas de mortes e centenas de feridos. Ficou claro que o aviso era destinadopara Maung Aye. Por meio de sua filha, ele tinha grandes interesses econômicos nos alvos atingidos.

Após a apreensão de 490 quilos de heroína em setembro de 2005, a bordo de veículos pertencentes aos Was, numa operação regional, o conglomerado Hong Pang foi oficialmente dissolvido. Mas foi instantaneamente reconstruído, sob o nome de Xinghong. Além disso, continua a atribuir, sem restrições, concessões e contratos a sociedades que pertencem ou que estão implicadas com os dirigentes do UWSA. Recentemente, jazidas de carvão foram descobertas em torno de Kengtung, ao Leste do Estado shan. A concessão foi obtida por uma sociedade tailandesa, a Lampoon Dam Co, considerada como a mais importante empresa de lavagem de dinheiro dos Was, na Tailândia. Os dirigentes was, por sua vez, podem se deslocar livremente tanto em Myanmar quanto na China, apesar da sua condenação nos Estados Unidos.

Mais do que as instituições internacionais, foi a China quem exigiu e obteve de Pao Yo Chang que os Was diminuíssem seu narcotráfico, diante da dramática penetração da droga no território chinês e da progressão da AIDS a ela associada. Mas, se os campos de papoula foram amplamente erradicados das zonas fronteiriças com a China, a aplicação de tal medida —ligada diretamente à sobrevivência dos trabalhadores rurais was — não foi tão radical como pretendia o próprio Pao Yo Chang. Por um lado, os inúmeros campos de papoula foram transplantados a oeste, em zona "birmanesa"; por outro, restam ainda muitas parcelas, bem menores e melhor camufladas, na "Região Especial nº2".

As relações muito intrincadas com a China

Se Pequim exerce pressões sobre seus protegidos do UWSA, ela sabe utilizar métodos de represália mais radicais, como mostra o exemplo da "Região Especial nº4". O desenvolvimento e financiamento dessa região, sob a autoridade de Sai Lin [4] foram feitos não só com o dinheiro da droga, mas sobretudo com o dos cassinos, essencialmente construídos em Mong La. Esta antiga cidadezinha de trabalhadores rurais shans tornou-se, em alguns anos, uma pequena Macau perdida no meio das montanhas, reluzente de neon. Aos cassinos ultramodernos abertos vinte quatro horas por dia, milhares de chineses vão anualmente perder seu dinheiro. Somente quando funcionários do governo, escalões do partido e até mesmo oficiais da polícia vieram deixar até suas calças e foram coagidos a pagar suas dívidas, a ceder até suas viaturas oficiais, Pequim teve de abrir os olhos.

Para bloquear a onda de jogadores chineses, a abertura da fronteira foi limitada em 2004. A população chinesa que havia se instalado em Mong La recebeu a ordem de reintegrar-se a sua pátria materna. Depois, em julho de 2005, vários caminhões de uma unidade da polícia militar chinesa invadiram Mong La para recuperar as dezenas de veículos da administração chinesa retidos pela de Sai Lin como penhora dos pagamentos das dívidas aos donos dos cassinos. Tal violação da fronteira e da soberania birmanesa não desencadeou nenhuma reação de Rangum, o que evidencia a influência de Pequim.

Essa operação — o bloqueio total da fronteira e o fechamento de todos os cassinos — provocou uma perda financeira tão grande que a posição de Sai Lin foi enfraquecida, beneficiando o SPDC. É bem provável que ele tenha sido propositalmente favorecido pela China, em troca do colossal contrato de exploração de gás natural, obtido pela sociedade chinesa Petro China, nas águas birmanesas, em dezembro de 2005.

O jogo duplo chinês favorece acima de tudo Pequim. Suas ajudas militares e, sobretudo financeiras, deixaram Myanmar dependente. Presente na construção das infra-estruturas, ela favorece principalmente a penetração dos produtos chineses. A construção de estradas de grande circulação – vindo de Loije em direção a Bhamo, e de Tengchong rumo a Myitkyina – tem por objetivo o rio Irrawaddy, cuja bacia se tornará, a curto prazo, uma importante artéria fluvial para a China. O que assinalaria um interesse cada vez maior para a locação de uma parte do porto de Rangum. Uma agência de informações da oposição, a SHAN, chegou a afirmar que a Myanmar poderia se tornar a "24ª província chinesa".

Tradução: Leonardo Teixeira da Rocha
leorocha2003@yahoo.com.br



[1] Embora Myanmar fosse tradicionalmente vassala do Império do Meio, ela conheceu uma primeira invasão inglesa em 1825, depois viu-se incorporada ao império das Índias, de 1937 a 4 de janeiro de 1948, data da proclamação de uma União da Myanmar Independente, que abandonou o Commonwealth.

[2] Em fevereiro de 2005, Condolezza Rice, secretária do Estado americano, colocou Myanmar na lista dos "principais postos da tirania" junto com a Coréia do Norte e Cuba.

[3] Os três grupos de resistência armada, os Shans da Shan State Army-Sud (SSA-S), os Karens da Karen National Union (KNU), e os Karennis do Karenni National Progress Party (KNPP) não constituem mais um desafio para o poder.

[4] De nome chinês Lin Ming Shin, ele foi um "voluntário" enviado por Pequim para lutar com o PCB, no fim dos anos 1960. Não voltou mais para a China e tornou-se o dirigente da "Região Especial nº4", após ter assinado os acordos de cessar-fogo de 1989.


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