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Assim como no Brasil, o reposicionamento profissional está se tornando um mercado bastante lucrativo na França. A diferença é que, lá, antes de ser explorado por empresas privadas, esse serviço já era fornecido há décadas pelo Estado e atende todas as camadas da população
Às vésperas decisão do Congresso, uma análise em profundidade sobre o papel do tributo. Por que é regressivo. Qual sua importância no combate à sonegação. E o principal: como iniciar a construção de um sistema de justiça fiscal no país. Nova coluna do Diplô tratará permanentemente do tema
A espacialização dos problemas socias marginaliza a questão central da pobreza estrutural urbana. A periferia transcende o espaço físico e esbarra na mentalidade segregacionista e na manutenção de uma sociedade "moderna" de castas
Depois da derrota eleitoral na França, paremos tudo e repensemos. É preciso começar pelo retorno ao que seria a raiz do conflito entre a esquerda e a direita, que não se traduz por “valores”, mas pela questão fundamental do controle da economia
(Na internet, a partir de setembro)
Dois jornalistas num dos países mais fechados do mundo. Ditadura, corrupção, lutas secretas pelo poder — e uma influência crescente do poderoso vizinho chinês
O plano de Tony Blair para “recuperar” o sistema hospitalar parece perdido em privatizações e cortes de direitos
O caminho do “modelo social europeu” nada tem de social: é na verdade um instrumento de destruição das políticas públicas
A mídia e os liberais se encantam com modelos que abrem caminho para o desmantelamento completo do Estado de bem-estar social
Como as questões estratégicas de desenvolvimento e progresso social dos povos reduziram-se a apelos de responsabilidade social para as empresas
As políticas de recolocação no mercado de trabalho, de matriz norte-americana, ganham força na Europa. E os desempregados ficam abandonados à própria sorte
Com novo mandato e maioria reforçada no Congresso, Bush propõe uma reforma para privatizar o que resta de Previdência pública. Se colocada em prática, pode inspirar seus pares em escala internacional
A mesma formação e, às vezes, as mesmas idéias: assim funciona o grande mercado de organizações não-governamentais inspiradas por modelos norte-americanos
Os direitos fundamentais ao trabalho, a moradia, a salário mínimo, são substituídos por quatro liberdades, também chamadas de "fundamentais": a liberdade de circulação de capitais, de mercadorias, de serviços e de pessoas
Para desespero dos partidários do “sim”, está cada dia mais transparente para os eleitores que o que está em questão no plebiscito é a continuidade de duas décadas de desregulamentação dos serviços
A expressão “serviço público” não faz parte do vocabulário da União Européia. E o TCE os considera um recurso para estimular a economia
A ajuda humanitária internacional tem servido para enfraquecer Estados, desmontar políticas públicas e impor o fundamentalismo liberal. Mas é possível pensar outro modelo
Tornar a luta contra a delinqüência urbana um perpétuo espetáculo moral – como querem policiais e políticos ávidos por explorar o problema - permite reafirmar simbolicamente a autoridade do Estado, justamente no momento em que se manifesta sua impotência na frente de batalha econômica e social
Com o aumento da população carcerária em vários países, estabelecimentos penitenciários e até seus serviços de vigilância engordam as contas bancárias de grandes grupos privados, enquanto aumenta o número de denúncias de maus-tratos contra os presos
Num caminho sem volta, as reformas liberais constroem, passo a passo, um novo mundo da concorrência, com um Estado raquítico e desprovido de políticas sociais
Após um acidente de trem da companhia ferroviária Ouest-Etat, então recém-nacionalizada, diretor do jornal ’L’Humanité’, escreveu este artigo, em 19 de fevereiro de 19111 , que parecia antecipar o que viria quase um século depois
O avanço das políticas neoliberais no governo Raffarin coloca a França entre os países com atestado de bom comportamento na OCDE ? redução nas aposentadorias, cortes nos salários, flexibilização dos direitos trabalhistas. E enriquecimento de quem vive na ciranda financeira
AA crise do sindicalismo alemão se reflete nos baixos índices de adesão e na dificuldade de mobilização, o que explica a aprovação da Agenda 2010. Mas as raízes dela são mais profundas – se assentam na ruptura com as bases do Estado social-democrata
Com o fim da II Guerra Mundial, os partidos políticos franceses tentaram criar uma “previdência social” para todos, fundada sobre o trabalho, co-gerida pelos trabalhadores e pelo Estado. Nos 50 anos que se seguiram, essas conquistas foram solapadas
O impressionante número de mortes provocadas por uma canícula, já prevista pelos meteorologistas, expôs as deficiências do sistema de saúde francês e a aflição e o abandono das pessoas idosas, especialmente as que vivem na região de Paris
O tempo de posturas arrogantes na mídia parece ter acabado para os governantes europeus. Blair precisou justificar sua campanha a favor da guerra no Iraque, Raffarin sua administração durante a canícula mortífera. Agora seria a vez de Berlusconi?
O dogma de que é preciso baixar os custos das políticas sociais para a retomada do emprego e do crescimento precisa ser submetido a críticas - existem medidas que aportariam novos fundos e reduziriam déficits sem penalizar o aposentado
A OCDE, o Banco Mundial e a Comissão Européia vêem o ensino como mero instrumento das políticas de emprego num contexto de competitividade e globalização econômica, abrindo espaço para uma “política mundial da educação”.
Corte de verbas para pesquisa suscita onda de protestos entre pesquisadores e professores e coloca em questão os argumentos que questionam a eficácia do modelo francês, defendendo a importância estratégica deste investimento para a economia
Considerando as conquistas sociais um entrave à “libertação das forças vivas”, o governo francês, de direita, quer pôr fim à lei sobre a redução da jornada de trabalho, à lei da modernização social sobre patentes e à lei sobre o controle dos fundos públicos
Apesar de o balanço das privatizações ter se revelado negativo para os usuários no mundo inteiro, o governo francês anuncia a venda total ou parcial das poucas empresas públicas ainda existentes, entre elas a lucrativa Air France, a “jóia da família”
Bancada pelo sindicato patronal – Medef, ’Mouvement des entreprises de France’ –, uma entidade pouco conhecida funciona como um banco de idéias (’think tank’), promovendo encontros com o objetivo de aproximar a esfera pública da empresa privada e das ONGs
Para adaptar os Correios europeus e fancesses a um “mercado cada vez mais competitivo”, seus dirigentes adotaram uma política que prevê privatização paulatina dos serviços. Para os funcionários, nada de ideologias e vigilância total
Durante os seis meses que antecederam as eleições, o sindicato patronal francês jogou pesado para virar a mesa: o social-liberalismo do PS incomodava. Agora, com vários representantes no governo eleito, não vê a hora de derrubar os direitos sociais
Teria a África do Sul se libertado, há dez anos, para naufragar num apartheid ainda mais mortal? Dos 45 milhões de habitantes, 5 milhões já foram contaminados pelo vírus da Aids. A hecatombe se anuncia e o setor público não dá acesso aos anti-retrovirais
A atual liberalização dos serviços públicos, preconizada na União Européia, deveria levar em conta o exemplo, trágico, da privatização das ferrovias no Reino Unido
Na França, assim como em quase todo o mundo, a mídia não se cansa de atacar os direitos dos funcionários públicos. Mas se cala diante das vantagens e mordomias fabulosas dos altos dirigentes das grandes empresas. Nesse mundo há quem acumule 59 empregos...