» No Capitalismo Indigno, raiz da extrema-direita
» Seres e lugares no cinema brasileiro
» Quem rotula quem, no mundo da alimentação-mercadoria?
» Orçamento-2025: onde está o “rombo”?
» MST, 40: muito além das ocupações
» IA: a urgência das Infraestruturas Públicas Digitais
» Como Florestan depenou o mito da democracia racial
» Dowbor expõe os novos aspectos do rentismo
» Le maintien de l'ordre à l'épreuve des spectacles sportifs
» Le roman du « grand remplacement »
» Nord-Kivu : un tourbillon de conflits sans fin
» Mali's Tuaregs: ‘For us, this war is existential'
» Eastern DRC: mines, armed groups, refugees
» Six decades of French motorway building
» Per capita income and Venezuelan population of Madrid
» India reflected on the small screen
» Elite sports versus the pull of the sofa
» Senegal: a self-correcting democracy
» DRC: chaos and misery of a failed state
» Os Sopranos: "gangsters" neurasténicos
» Jornalismo de lama, jornalismo oficial
» Alojamento local e crise de habitação: o que a direita finge não perceber
» Simplex Ambiental: dar a chave do galinheiro à raposa
» As eleições europeias e os novos desafios à soberania
» Será preciso desobedecer à Europa?
» Madrid, refúgio latino-americano
» O ambiente sacrificado ao agronegócio
Cadê a capacidade de indignação, diante de certos erros cometidos pelo governo? Se o próprio presidente reconhece a importância da sociedade civil, por que nos calarmos, diante de fatos que revelam a predominância, no Planalto, de um desenvolvimentismo que despreza a natureza?
Ao ampliar a democracia, e promover distribuição de renda, o governo Lula enfrentou duas das três tendências malditas que marcaram o "desenvolvimento" brasileiro nos anos 1900. Mas ainda corre um risco: o de manter a tradição predatória, no século em que o grande desafio é a sustentabilidade
Militante em defesa da floresta relata décadas de uma batalha que começou em Boca do Acre e se desdobrou na formação de comitês no Brasil e em outros países. Uma conclusão: "é preciso enfrentar as teorias de desenvolvimeno que vêem o mundo a partir do cálculo econômico"
As chuvas de verão chegaram antes da época, num possível reflexo do aquecimento global. Um efeito pouco conhecido é o aumento do número de raios, que matam cem pessoas por ano no país. Também na coluna: bancos de leite humano, obesidade animal, moda de verão, Oswaldo Cruz e muito mais
Só no ano de 2007, a população mundial aumentará em 66 milhões de pessoas; 23.282 espécies serão extintas; 11 milhões de hectares, desmatados; 31 milhões de carros e 72 milhões de computadores produzidos e 26 trilhões de barris de petróleo extraídos
Proposta: lançar, na cidade mais individualista e caótica do país, um movimento de ecologia urbana, capaz de questionar a civilização do automóvel e abrir debate sobre políticas que permitam uma existência digna
No dia 15 de outubro, o Le Monde Diplomatique publica um Atlas do Meio Ambiente. Como os outros Atlas já publicados, esse comporta textos sintéticos acompanhados de 150 mapas e gráficos dedicados aos grandes desafios da ecologia. Se atualmente a humanidade mede melhor os perigos que a ameaçam, ainda há muito a fazer para implementar as soluções indispensáveis
O hasteamento da bandeira russa nas profundezas do oceano gelado escancara uma disputa infame. Um conjunto de Estados vê no aquecimento global um caminho para transformar o Pólo Norte numa enorme bacia petrolífera e numa rota marítima internacional
Num relatório alternativo sobre mudança climática, o Greenpeace propõe mobilização mundial para salvar o planeta. E demonstra, com base num amplo estudo científico: as soluções técnicas para a sustentabilidade já existem, e conduzem a lógicas e paradigmas pós-capitalistas
A lógica dos combustíveis fósseis está emaranhada com os ideais da modernidade e do mercado. Pela primeira vez, está surgindo uma alternativa real a esse paradigma (A possível Revolução Energética, parte 2)
A meta é ambiciosa: reduzir pela metade as emissões de CO2 e ainda assim transformar o acesso à energia num direito de todos. A humanidade precisa estar disposta a uma nova relação consigo mesma (A possível Revolução Energética, parte 3)
A ruptura necessária para salvar o planeta conduz a valores e lógicas sociais pós-capitalistas. Mas não se confunde com a "tomada" do poder (A possível Revolução Energética, parte 4)
Falta incluir, no debate sobre o aquecimento da Terra, um dado essencial. As energias limpas já são uma alternativa viável. A humanidade só permanece refém dos combustíveis fósseis e nucleares porque a mudança de paradigma ameaça os interesses de mega-corporações
Cem anos se passaram entre a constatação dos perigos do amianto e a proibição de seu uso – que ainda não vigora em todos os países. Só na Europa, são 500 mil mortes, por câncer e outras doenças. A tragédia demonstra a necessidade de reconhecer o “princípio da precaução”
O barateamento e a proliferação dos transportes obedece à lógica neoliberal que acarreta devastações energéticas, ambientais e sociais, demandando uma reorientação fundamental do lugar deste setor na economia
Depois de 50 anos de crescimento exponencial, a atividade humana rivaliza de agora em diante com as forças da natureza. Se interceptarmos toda energia irradiada pelo sol, teremos uma alternativa importante para evitar a crise energética, mas também ela tem seu limite
O aumento da ameaça de calamidades, desastres e emergências em escala global têm de ser colocado no centro do palco. Eles não são eventos periféricos, mas reflexos do modo como vivemos nossas vidas normais, estruturamos nossas sociedades e distribuímos recursos
A busca de um crescimento econômico infinito não é compatível com a manutenção dos equilíbrios naturais e nem sempre resolve os problemas sociais. Mas não se deve perder de vista que o conceito de desenvolvimento é muito mais amplo do que o faz supor o capitalismo
Um dos oásis mais célebres do mundo, Tozeur teve seu frágil equilíbrio econômico, ecológico e social praticamente rompido, quando o governo passou a dar prioridade ao turismo internacional, que também traz consigo o fascínio pelo mundo ocidental
Participamos de uma mudança de era e a escolha da direção só pode ser coletiva e incluir os que estão para nascer. É necessário, portanto, implantar estruturas de governabilidade planetária e substituir a competição pela emulação e a cooperação
Enquanto os países industrializados contribuem maciçamente para o aquecimento da atmosfera e os grandes países em desenvolvimento querem vantagens para não percorrer esse caminho, é na periferia do mundo industrializado que se encontram as regiões mais vulneráveis às alterações climáticas
Assinado por personalidades importantes da esquerda israelense e das organizações palestinas, o texto completo do acordo tem, além dos anexos, cerca de cinqüenta páginas. Leia o documento na íntegra, no site www.monde-diplomatique.fr
O crescimento pelo crescimento torna-se o objetivo primordial, senão o único da vida, na sociedade capitalista, o que acarreta uma degradação progressiva do ambiente e dos recursos globais. Vivemos, atualmente, às vésperas de catástrofes previsíveis
De fracasso em fracasso, as conferências mundiais sobre o clima vêm adiando, ao longo das duas últimas décadas, a adoção de medidas drásticas em relação à emissão de dióxido de carbono. Os riscos de uma catástrofe aumentam assustadoramente
Vez por outra, nos últimos vinte anos, um louco entra num Parlamento ou num campus universitário e mata dezenas de pessoas, suicidando-se em seguida. Estariam os patrões-especuladores de hoje, como os “matadores loucos”, roubando e destruindo as riquezas dos povos para se destruírem depois?
A proteção dos recursos naturais merece mais que reuniões pomposas, muitas vezes arranjadas de última hora. A cúpula mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, de 26 de agosto a 4 de setembro na África do Sul, periga não chegar a grandes resultados
Ao destruírem o mundo natural, os homens tornaram a Terra um lugar cada vez menos habitável. É fundamental que se aprovem, em Johannesburgo, pelo menos sete decisões cruciais
Após uma aparente tomada de consciência há cerca de dez anos, o comércio do marfim – e a matança de elefantes – voltaram a prosperar. Agindo de acordo com os interesses locais, algumas entidades tentam pôr um freio a esses desmandos
A revista bimensal editada pelo Diplô chega à edição 50. Um conjunto de artigos focaliza as principais ameaças ao equilíbrio ecológico do planeta
Quinze grandes empresas, 13 delas norte-americanas, controlam as pesquisas em biotecnologia agrícola. O mercado genético promete lucros de 110 bilhões de dólares dentro de cinco anos. O patenteamento de seres vivos parece ser o "ouro verde" do século 21. Um patrimônio natural e cultural formado por milhões de anos de evolução biológica e práticas agrícolas milenares é submetido a uma gestão agressiva em relação à biosfera