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Alvos de perseguições cada vez mais freqüentes em toda a Europa, os imigrantes não-regularizados articulam uma onda de greves na região de Paris. Muitos já não temem aparecer em manifestações públicas. Seu trunfo: o continente que hipocritamente os persegue não pode viver sem eles
As incertezas do mercado de trabalho atingem também os universitários. Uma parte consegue ótimos postos de trabalho. Outra se debate entre desemprego, funções que não correspondem a sua capacidade, barreiras regionais contra “forasteiros” e conservadorismo das famílias
Uma nova lei de incentivo ao emprego chama atenção para o quebra-cabeças em que se transformou o mundo do trabalho na China. A "oficina do mundo" já oferece salários melhores, mas convive ao mesmo tempo com desemprego em massa e informalidade
O mito de que os assalariados europeus são bem-remunerados não resiste à análise dos números
Um balanço da políticas neoliberais "de emprego" na França revela: além de rebaixarem salários, elas ampliaram as diferenças de rendimento entre homens e mulheres, a precariedade e a necessidade de trabalhos complementares. Que mais será preciso para uma mudança de rumos?
Um documentário catalão explora, além da crítica à mercantilização do trabalho, alternativas para um mundo em que se consuma de forma consciente e se reserve tempo e energia para o que de fato vale a pena...
Como a General Electric, símbolo de poder industrial e inovação no século 20, demitiu, deslocalizou a produção e financeirizou-se... mas não conseguiu superar suas graves debilidades. Um caso emblemático da regressão neoliberal
Cronologia das decisões que desfizeram os acordos entre países europeus e do Caribe, e permitiram às transnacionais bananeiras controlar o mercado
Na lógica da OMC, só os preços devem regular o comércio internacional. No Caribe, isto inviabilizou a pequena produção camponesa, que assegurava ótimas condições de trabalho
Graças às regras da OMC, o Equador atende 25% do mercado mundial da fruta. Transnacionais e oligarcas controlam a produção, humilham trabalhadores e envenenam a natureza
Num país que se orgulhava de sua coesão social, um número cada vez maior de trabalhadores jovens vive acossado pela desigualdade
Ao propor trabalho precário como "alternativa" para a juventude menos qualificada, o premiê francês ignorou a oposição francesa ao neoliberalismo, manifestada no plebiscito de 2005. Mais: a nova revolta dos jovens pode romper barreiras entre periferia e universidade
Acusada pela direita de ser "o órgão doente da Europa", a França é, ao contrário, um país que resiste. O protesto dos jovens é o repúdio à globalização selvagem, à tomada do poder pelas finanças e à precarização do trabalho
Como a maior empresa automobilística do mundo usa a ameça de demissões para impor a seus funcionários rebaixamentos de salários, aposentadorias e assistência social
Ao contrário do que se pensa, a estratégia de individualizar o trabalho surge bem antes das crises dos anos 70. Ela é uma alternativa domesticada à crítica radical dos valores capitalistas, que marca as revoltas de 1968
Ao desafiar as grandes conquistas civilizadoras do século 20, as "novas" relações de trabalho destróem a solidariedade, invadem o espaço privado, solapam relações com amigos e família e impõem uma ética que valoriza a submissão
Como uma pequena empresa de Arkansas transformou-se na maior corporação do planeta, ao rebaixar salários, reprimir sindicatos, chantagear governos e destruir pequenas empresas. Por que a tentação do "preço baixo" pode ser a porta de entrada para a contra-utopia neoliberal
China, Uganda, Nicarágua, Suazilândia...: para abarrotar suas prateleiras de produtos baratos, a Wal-Mart espalha pelo mundo o trabalho sub-humano, os salários de fome e a repressão sindical
Em sua obra Nickel and dimed: Undercover in low wage USA, a autora relata sua experiência de assalariada do Wal-Mart, recebendo 7 dólares por hora. A passagem abaixo evoca a imagem que a empresa deseja mostrar de si mesma
Um balanço das campanhas de mobilização cidadã que estão conseguindo, com base em plebiscitos, evitar a implantação de lojas da mega-transnacional
Por trás de propostas debatidas sem alarde na OMC e União Européia, está uma nova tentativa de estimular a concorrência entre os trabalhadores, em favor do capital. Ainda é tempo de resistir
O milagre britânico do desemprego baixo nada tem a ver a com a maior flexibilização do trabalho, sempre tão demandada pelo patronato
Nas confecções instaladas em países da América Central, como a Guatemala, reina a repressão ao movimento sindical e a superexploração da mão-de-obra
Em El Salvador, uma maquiadora se torna exemplo de organização sindical, mas ainda enfrenta boicote e concorrência aviltante
O Banco Mundial financia a instalação de uma empresa conhecida por atos brutais e arbitrários contra os operários e desrespeito ao direito sindical para fabricar as famosas Levi’s 505 e 555. Hoje, deflagrada a mobilização operária, militares à paisana mantêm a « ordem » nas instalações da empresa
Ontem, para empresas modeladas pelo ’taylorismo’ e o ’fordismo’, salvo a preocupação com as suas opiniões políticas, o que interessava eram as capacidades técnicas dos candidatos. Agora o que se cobiça são os valores dos colaboradores, suas crenças, sua interioridade e sua personalidade
O avanço das políticas neoliberais no governo Raffarin coloca a França entre os países com atestado de bom comportamento na OCDE ? redução nas aposentadorias, cortes nos salários, flexibilização dos direitos trabalhistas. E enriquecimento de quem vive na ciranda financeira
Com a economia em crise desde a reunificação, a Alemanha enfrenta altas taxas de desemprego e investimentos em baixa. Mas a culpa, como sempre, recai sobre o “alto custo do trabalho”
Através de “opções de compra de ações” e o chamado “pára-quedas de ouro”, altos-executivos que afundaram grandes empresas, prejudicando milhares de trabalhadores, continuaram faturando milhões e ameaçam o próprio capitalismo
O dogma de que é preciso baixar os custos das políticas sociais para a retomada do emprego e do crescimento precisa ser submetido a críticas - existem medidas que aportariam novos fundos e reduziriam déficits sem penalizar o aposentado
Um estudo coordenado em 1931 por Paul Lazarsfeld - que é uma obra de referência sobre o desemprego - mostra em estado bruto a experiência do abandono. Privados da ação da vida social, o tempo livre é para eles apenas tempo morto, não-tempo
Num contexto de desregulamentação do mercado de trabalho, os assalariados em tempo parcial, mais numerosos que os desempregados, são os protagonistas do problema do subemprego (ou emprego atípico) e da pobreza, que atinge sobretudo as mulheres.
Enquanto se orquestra um ataque ao sistema de aposentadorias em todo o mundo, sem qualquer aumento da participação das empresas ou do capital na pensões de seus empregados, pesquisa da OIT denuncia que 5 mil pessoas morrem por dia no trabalho
No mesmo momento em que a nação homenageou os bombeiros e os policiais de Nova York – dois órgãos altos índices de sindicalização – o presidente Bush deu início a sua guerra interna contra a organização sindical dos funcionários públicos norte-americanos
Na viagem ao país dos homens invisíveis - os imigrantes clandestinos - o racismo, a violência e o medo estruturam as práticas de trabalho ilegais, fundamentais para que o sistema de produção agrícola intensivo perdure
Estrangulados pelos grandes supermercados que controlam a distribuição, os grandes agricultores dispõem dos OMI, contratos temporários que deixam os trabalhadores estrangeiros sem direito trabalhista, social e sem chance de obter residência
A produção intensiva de frutos e legumes na Europa tem sido campo livre de práticas de trabalho ilegal, como horas-extras não declaradas dos assalariados permanentes até de formas ilegais, e até escravagistas, de recrutamento de mão-de-obra agrícola
Considerando as conquistas sociais um entrave à “libertação das forças vivas”, o governo francês, de direita, quer pôr fim à lei sobre a redução da jornada de trabalho, à lei da modernização social sobre patentes e à lei sobre o controle dos fundos públicos
Além de pagar uma exorbitância – sem qualquer garantia legal – pela exposição de seu produto nas prateleiras dos supermercados e hipermercados, o fornecedor se vê ameaçado com a possibilidade de descredenciamento se não colaborar com uma “bonificação”...
Em menos de 30 anos, a França passou de 200 supermercados para mais de 5 mil, e de um único hipermercado, para mais de 1.200. As centrais de compras que eles criaram asfixiam os fornecedores. Esse verdadeiro oligopólio é a ditadura da distribuição
A mídia explorou, no debate eleitoral francês, a suposta despolitização de parte dos assalariados. Mas as transformações por que passou o mundo do trabalho são tão profundas que já é o caso de perguntar se ele pode contribuir para a coesão da sociedade
Nos últimos dez anos, empurrados por um sensível aumento do número de diplomados com curso superior e pela “feminização”, os executivos passaram a vivenciar uma situação inusitada: o “escândalo” do desemprego
Filhos de imigrantes vindos do Magrebe e da África negra, os jovens que integram a nova geração de trabalhadores rejeitam a herança do mundo operário e sonham com o sucesso individual
Na década de 90, ocorreu uma redefinição das relações entre empresas e empregados. O que antes era chamado de “exploração” foi rebatizado de “criação”. Sem que tivesse havido aumento de salários, foi dado aos funcionários o título de gerente