» No Capitalismo Indigno, raiz da extrema-direita
» Seres e lugares no cinema brasileiro
» Quem rotula quem, no mundo da alimentação-mercadoria?
» Orçamento-2025: onde está o “rombo”?
» MST, 40: muito além das ocupações
» IA: a urgência das Infraestruturas Públicas Digitais
» Como Florestan depenou o mito da democracia racial
» Dowbor expõe os novos aspectos do rentismo
» Le maintien de l'ordre à l'épreuve des spectacles sportifs
» Le roman du « grand remplacement »
» Nord-Kivu : un tourbillon de conflits sans fin
» Mali's Tuaregs: ‘For us, this war is existential'
» Eastern DRC: mines, armed groups, refugees
» Six decades of French motorway building
» Per capita income and Venezuelan population of Madrid
» India reflected on the small screen
» Elite sports versus the pull of the sofa
» Senegal: a self-correcting democracy
» DRC: chaos and misery of a failed state
» Os Sopranos: "gangsters" neurasténicos
» Jornalismo de lama, jornalismo oficial
» Alojamento local e crise de habitação: o que a direita finge não perceber
» Simplex Ambiental: dar a chave do galinheiro à raposa
» As eleições europeias e os novos desafios à soberania
» Será preciso desobedecer à Europa?
» Madrid, refúgio latino-americano
» O ambiente sacrificado ao agronegócio
Temendo um novo Afeganistão, os Estados Unidos empreenderam em 2007 uma guerra por procuração, recrutando a Etiópia para desalojar do poder a União dos Tribunais Islâmicos. Mas a ação reacende velhos conflitos regionais e ameaça desestabilizar ainda mais o mundo muçulmano
No crepúsculo da Era Bush, centenas de neo-conservadores norte-americanos embarcam num cruzeiro marítimo, durante o qual debatem o "sucesso notável" dos EUA no Iraque, a "inexistência" do aquecimento global e o "risco iminente" de dominação muçulmana sobre a Europa. Nosso repórter estava com eles
No período recente, quase toda vez que um presidente norte-americano enviou tropas ao exterior, o Congresso abdicou de suas prerrogativas constitucionais em matéria bélica. Daí os obstáculos que enfrentam agora os democratas realmente desejosos de pôr fim aos combates no Oriente Médio
Num contexto geopolítico instável, marcado pelos atropelos da “guerra contra o terror”, um dos mais sólidos pontos de apoio do presidente Bush acaba de ceder. A proclamação do estado de sítio pelo general Pervez Musharraf é uma grave confissão de fraqueza da parte do ditador paquistanês
Nas simplificações grosseiras sobre o mundo árabe, a vítima oculta somos nós mesmos. Ao projetarmos sobre o outro nossa visão de atraso, intolerância e fundamentalismo, não enxergamos como estão sob ameaça os melhores valores de nossa civilização
Imagens do pan-arabismo totalitário, uma tendência que nega o passado, a cultura e tolerância árabes – mas cresce em muitas partes do mundo, em outro sinal de que o fundamentalismo é uma das grandes ameaças à humanidade, no século 21
Nascidas das louvações a Deus, em idioma sagrado, as literaturas indianas compõem uma tradição marcada pela diversidade de gêneros; por temáticas que vão do casto ao heróico e ao profano; pelo desejo, desde Buda, de fazer arte nas múltiplas línguas faladas pelo povo
Cada vez mais conhecidos no Ocidente, os escritores indianos contemporâneos são homenageados no Salão do Livro de Paris. Vale conhecer a tradição literária milenar de que fazem parte: um universo vibrante em que sobressaem crítica social, erotismo e transgressão
Bizarro projeto: a pretexto de construir, em Jerusalém, um "Museu da Tolerância, o Centro Simon Wisenthal pretende profanar o cemitério mais sagrado dos muçulmanos na Palestina
Ao ressuscitar a missa em latim, o papa faz uma concessão simbólica aos católicos tradicionalistas. Mas para liquidar o impulso do Concílio Vaticano II, ele teria de investir contra valores muito mais profundos, como a liberdade religiosa, o ecumenismo e a visão positiva da humanidade
A grande transformação católica e os valores que incomodam os tradicionalistas
A comunidade muçulmana reúne 3% da população do Reino Unido, é majoritariamente originária da Ásia, fala mais de 50 idiomas. Alguns dos grupos religiosos que tentam influenciá-la defendem a jihad e o retorno ao Califado
Seis meses após os atentados de Londres, as autoridades continuam em busca de políticas que evitem a segregação da comunidade árabe. Mas a política externa de Tony Blair e a discriminação social de fundo podem anular esta tentativa
Polêmica: filósofo francês julga que é redutor enxergar a sociedade chinesa a partir dos conceitos de Liberdade e Indivíduo; e crê que as críticas à suposta repetição do projeto ocidental enxergam apenas uma parte da verdade
Surpresa: ao contrário do que ocorreu durante a II Guerra, o cinema norte-americano não enxerga o "combate ao terrorismo" por um único ângulo
Nove meses após as explosões de 2005, uma reflexão contesta análises preconceituosas da direita e da esquerda e sugere: o levante dos jovens pode ser caminho para uma integração social menos hipócrita
Tribunais de exceção, tortura, prisões secretas. Vigilância e escutas ilegais. Parlamentos dominados pelos Executivos. Em nome da segurança, grandes conquistas dos séculos passados são, uma a uma, atacadas nos EUA e Reino Unido
O assassinato do cineasta Théo van Gogh em novembro de 2004 provocou fortes tensões intercomunitárias e o crescimento de atos antimuçulmanos, recolocando novamente a difícil integração dos imigrantes não ocidentais nos Países Baixos
Sob o pano de fundo do “choque de civilizações”, a possibilidade de entrada do mais laico país muçulmano na União Européia acende debates e evidencia a atual angústia do mundo ocidental por uma identidade diante do Islã
A idéia de choque de civilizações, freqüentemente retomada para explicar os conflitos entre ocidente e oriente, vê os mulçumanos como uma cultura petrificada
Com a “guerra contra o terrorismo” e o “choque entre civilizações”, as divisões deixam de ser entre fortes e fracos, entre os opulentos e os deserdados e passem a ser entre “eles” e “nós”. Ou seja, a “luta de classes” dá lugar à bandeira da “luta contra o Outro”, um conflito eterno e sem solução
Como o trabalhador do século XIX, o muçulmano é, atualmente, considerado muitas vezes com uma mistura de medo e desprezo. E os EUA representam para o terrorista da Jihad o que o Estado burguês era para seu predecessor anarquista: o símbolo da arrogância e do poder
No debate sobre a reforma do islã, algumas pessoas exigem dos árabes que modifiquem também sua língua: que escolham definitivamente o árabe clássico e abandonem o árabe dialetal. Antes de sua morte em setembro do ano passado, Edward W. Said explicou por que essa exigência reflete um extraordinário desdém pela riqueza da experiência cotidiana expressa pela língua popular
A globalização insere-se no contexto contraditório de Estados-nação e processos político-econômicos supra-nacionais. Homogeneização e diferenciação caminham juntas. Mas que forma assumem a convergência da tradição cultural e as novas tecnologias?
Por que a comunidade internacional, pronta a se mobilizar no ano pasado a favor de Kosovo, em nome do direito de ingerência, assiste impassível a uma nova tragédia?