» No Capitalismo Indigno, raiz da extrema-direita
» Seres e lugares no cinema brasileiro
» Quem rotula quem, no mundo da alimentação-mercadoria?
» Orçamento-2025: onde está o “rombo”?
» MST, 40: muito além das ocupações
» IA: a urgência das Infraestruturas Públicas Digitais
» Como Florestan depenou o mito da democracia racial
» Dowbor expõe os novos aspectos do rentismo
» L'essor de l'extrême droite portugaise
» Le glacis, une obsession russe
» En Israël, les dirigeants laïques enrôlent la religion
» Domination coloniale, mode d'emploi
» Inde, l'envers d'une puissance
» Narendra Modi, une autre idée de la démocratie
» Puisque l'Inde n'est pas la Chine
» Carlos Tavares, l'automobile à l'ère de Darwin
» German police suppresses Palestine Congress
» India: democracy in name only?
» In rural France, the far right is prospering
» China: the invention of the roadmap to global power
» It's so very nice to be nice
» The lucrative world of international arbitration
» Russia: the lessons of history
» Macron's poodles are the new dogs of war
» Festa 25 anos + Conferência-Debate com Benoît Bréville
» A história como arma de guerra
» O choque da extrema-direita nos 50 anos da revolução
» Extrema-direita: o que tem o Algarve que é diferente dos outros?
» Abril x 50: uma democracia consensual?
» A Constituição de Abril de 1976: elo perdido da transição energética?
» Zona de protecção, uma obsessão russa
Primeiro país africano independente, Gana vive sem festas os cinqüenta anos da libertação. Adotadas a partir da década de 1980, políticas neoliberais devastaram a indústria nascente, arruinaram os camponeses e tornaram as cidades caóticas e violentas
Além de seguidora emblemática do "Consenso de Washington", Gana transformou-se, no governo de Kufuor, num aliado militar estratégico dos EUA e da Inglaterra
No momento em que a influência norte-americana sobre o continente negro enfrenta a concorrência da China, ex-militantes pelos direitos civis impulsionam a GoodWorks, uma estranha rede que une governantes suspeitos e homens de negócio ambiciosos
No mais recente genocídio africano, "conflito étnico" é, de novo, apenas um mito que mascara a realidade. Na raiz dos massacres estão uma disputa por petróleo, e a omissão calculada dos EUA, China e França
Quinze anos após o fim da Guerra Fria, mobilizações importantes e criativas, que se articulam em torno dos Fóruns Sociais, sugerem que o continente pode não estar condenado aos golpes de Estado, "democracias FMI", emigração e miséria
Uma onda de alarme percorreu o Ocidente em junho, quando se anunciou que os talibãs haviam tomado o poder na Somália. A história real revela uma realidade muito mais complexa e a desastrada ação da CIA, que acabou colaborando com o islamismo radical
Num continente assolado pela pobreza, espalham-se as campanhas para transformar a Previdência em direito de todos. As políticas “de mercado” do FMI e Banco Mundial são o obstáculo
Na Nigéria multiplicam-se, junto com os lucros das transnacionais petrolíferas, a revolta social e os bandos armados
Que há por trás das novas promessas de redução da dívida dos países mais pobres do continente
Enquanto EUA e União Européia subsidiam maciçamente sua agricultura, o Banco Mundial desmantela os sistemas nacionais de proteção aos produtores de algodão na África
A União Européia tenta impor acordos, baseados no princípio do livre comércio, que violam a soberania e impedem a emancipação dos países africanos
A agricultura deve ser o motor do desenvolvimento africano, onde dos 53 países, 43 sofrem com baixa renda e déficit alimentar. Não somente não produzem o bastante para alimentar sua população como não têm recursos suficientes para importar alimentos
O partido que teve papel chave na independência de Cabo Verde e Guiné Bissau se domesticou. Os dirigentes de hoje governam o arquipélago como empresários; e dos ideais de Amílcar Cabral restou apenas lembrança
Estão de volta à cena africana os personagens que fizeram história nas guerras anticoloniais. Agora de olho no petróleo, grandes potências voltam a lançar mão dos selvagens cães de guerra
“Este povo deve conseguir, querer ser bem sucedido em alguma coisa de impossível! Contra o Destino, contra a História, contra a Natureza...” `La tragédie du Roi Christophe`. Aimé Césaire.
Com taxas de mortalidade nitidamente mais elevadas que no resto do mundo, a população do continente africano padece não só de epidemias como a Aids, mas também com o desprezo pelos doentes de grande parte dos funcionários da saúde
Em pouco mais de uma década de um novo cenário sócio-econômico de caráter liberal, as empresas multinacionais, ávidas por matérias-primas e por lucros, substituíram, na prática, os governos africanos, semeando golpes e corrupção
Com perspectivas promissoras logo após sua independência, país sofre com golpes e o abandono do projeto que buscava outra concepção de desenvolvimento, baseada nos interesses de sua população
Criada em 1949, uma sociedade anônima francesa de assistência ao setor algodoeiro entrou em conflito com a política neoliberal adotada pelo Banco Mundial. Embora ainda forte na comercialização, a empresa não conseguiu impedir as privatizações
Com a crise da vaca louca, a demanda por algodão – principalmente forragem, para alimentação de gado – disparou. Mas a superprodução e os subsídios aos agricultores (na Europa e nos EUA) fizeram a cotação despencar no promissor mercado africano
Com 8% das reservas mundiais de petróleo bruto, o continente africano tornou-se objetivo de uma ofensiva estratégica norte-americana: os Estados Unidos poderiam importar 25% de seu petróleo da África subsaariana até 2015, ao invés dos atuais 16%
No Norte do país, aumentam os perigos da desertificação; no Sul, cresce o desmatamento – a madeira é o segundo principal produto de exportação. Além destes, há o problema da construção de um oleoduto que põe em risco a vida das populações rurais
A Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano (Nepad) pode manter a África na periferia do mundo, reproduzindo os esquemas de um tipo de desenvolvimento do qual as populações interessadas não tiram qualquer vantagem
À lógica desumanizadora do “desenvolvimento” e da “globalização”, caberia opor princípios de vida e valores que privilegiem o humano: a humildade contra a arrogância, o sentido do outro em contraposição ao tudo para si
A opinião pública mundial é dominada pela informação procedente do hemisfério Norte. Longe de ser inocente ou neutra, ela serve de álibi para que os países ricos imponham o sistema de segurança da globalização liberal
A nova União Africana tem pela frente uma corrida de obstáculos para responder à globalização segundo os interesses do continente
Conhecido em todo o mundo ao demitir-se do Banco Mundial, Nobel de Economia no ano passado, Joseph Stiglitz relata, num novo livro, suas disputas com o Fundo Monetário. O caso da Etiópia é especialmente ilustrativo
A crise no ensino superior africano, majoritariamente público, tem origem nas reformas econômicas ditadas pelos organismos internacionais, que receitam redução dos salários, supressão das bolsas de estudo e demissões
Nem o presidente da República nem o primeiro-ministro encontraram tempo para acompanhar o corpo de Léopold Sedar Senghor a Dacar, de volta à sua terra natal. Perderam a homenagem da França a um dos patriarcas da independência na África
Em 20 anos, a sociedade senegalesa passou por várias e profundas crises: a criação do plano de ajuste estrutural, o plano de emergência que se seguiu, a desvalorização da moeda local em 1994 e a intensificação do êxodo rural nas décadas de 80 e 90