» No Capitalismo Indigno, raiz da extrema-direita
» Seres e lugares no cinema brasileiro
» Quem rotula quem, no mundo da alimentação-mercadoria?
» Orçamento-2025: onde está o “rombo”?
» MST, 40: muito além das ocupações
» IA: a urgência das Infraestruturas Públicas Digitais
» Como Florestan depenou o mito da democracia racial
» Dowbor expõe os novos aspectos do rentismo
» L'essor de l'extrême droite portugaise
» Le glacis, une obsession russe
» En Israël, les dirigeants laïques enrôlent la religion
» Domination coloniale, mode d'emploi
» Inde, l'envers d'une puissance
» Narendra Modi, une autre idée de la démocratie
» Puisque l'Inde n'est pas la Chine
» Carlos Tavares, l'automobile à l'ère de Darwin
» German police suppresses Palestine Congress
» India: democracy in name only?
» In rural France, the far right is prospering
» China: the invention of the roadmap to global power
» It's so very nice to be nice
» The lucrative world of international arbitration
» Russia: the lessons of history
» Macron's poodles are the new dogs of war
» Festa 25 anos + Conferência-Debate com Benoît Bréville
» A história como arma de guerra
» O choque da extrema-direita nos 50 anos da revolução
» Extrema-direita: o que tem o Algarve que é diferente dos outros?
» Abril x 50: uma democracia consensual?
» A Constituição de Abril de 1976: elo perdido da transição energética?
» Zona de protecção, uma obsessão russa
Editor de Le Monde diplomatique.
Criar gado e cultivar trigo em pleno deserto. Na Arábia Saudita, essa é a realidade há mais de uma década. Porém, a alta produtividade nesses dois setores, resultante de investimentos pesados em tecnologia, pode ter um preço alto demais: o esgotamento das fontes aquíferas do país
Buscando numa concepção maniqueísta da história um afrontamento incessantemente reiniciado entre civilização e barbárie, inúmeros autores, frequentemente prestigiosos, nos fazem embarcar numa máquina do tempo para encontrar as raízes dessa “guerra de 2.500 anos”
A guerra em Gaza modificou profundamente a situação na região, só que não no sentido desejado pelos dirigentes israelenses: ela apenas confirmou a marginalização da Autoridade Palestina e favoreceu a consolidação de uma frente de resistência reunida em torno do Qatar e da Síria
A crise atual do sistema financeiro só acelerou o movimento de recuo do Ocidente. Sem sombra de dúvida, os Estados Unidos continuarão sendo, por longos anos, a potência dominante. Mas a ascensão de Brasil, Rússia, Índia e China leva à formação de novos centros de poder que contestam a ordem internacional
Inspiradas por uma velha lei medieval, houve, na França colonialista, vozes que se pronunciaram contra o tráfico de escravos. Mas, como em outros lugares do mundo, os interesses econômicos falaram mais alto. Voltaire, que contestou a escravidão na América, nada disse sobre aquela promovida por seu próprio país
No quinto aniversário da guerra, governo Bush comemora os "êxitos" de sua nova estratégia, e o declínio das pressões por uma retirada imediata. Mas o preço dos sucessos obtidos é um país destroçado e dividido e o fim das ilusões sobre o papel "construtivo" dos EUA no Oriente Médio
Rotulando todo e qualquer conflito na região como um confronto global entre o Bem e o Mal, a política neoconservadora dos Estados Unidos estabeleceu vínculos antes inexistentes entre crises locais, municiou o fanatismo islâmico e criou o maior foco de instabilidade do planeta
Com a cumplicidade dos EUA e Europa, e o aplauso dos neoconservadores, Israel aprofunda a guerra contra os árabes. Os poderosos do Ocidente querem a “guerra de civilizações”?
Análise da mudança silenciosa, porém muito preocupante, da diplomacia de Paris. Uma reaproximação com Washington, e uma atitude hostil ao Islã, podem reforçar o risco de uma confrontação entre Ocidente e mundo árabe
A Dinamarca é tudo, menos um Estado laico. Há uma religião oficial: o protestantismo luterano. Os padres são funcionários; os cursos de cristianismo, obrigatórios na escola
Reportagem na "nova" Arábia Saudita governada pelo rei Abdallah. Quais os avanços reais na situação das mulheres, tolerância religiosa e liberdade política. Que chances há de transformar as concessões de um soberano esclarecido em direitos permanentes
A peristência dos nacionalismos e a crescente impopularidade dos Estados Unidos estimulam a crescente rejeição às pretensões econômicas e políticas da potência militar que capitaneia a avalanche impetuosa da globalização liberal
O acordo pontual na retirada das tropas sírias não significa o engajamento de Paris numa questão crucial: o desarmamento do Hezbollah
No país do Cedro, onde centenas de milhares foram às ruas recentemente pela retirada das tropas sírias, as eleições legislativas marcam a manutenção no poder dos patriarcas do Líbano confessional
Morto na quinta-feira, 11 de novembro, o presidente Yasser Arafat era o símbolo da aspiração dos palestinos por um Estado Nacional e pela Independência
A idéia de choque de civilizações, freqüentemente retomada para explicar os conflitos entre ocidente e oriente, vê os mulçumanos como uma cultura petrificada
Com a “guerra contra o terrorismo” e o “choque entre civilizações”, as divisões deixam de ser entre fortes e fracos, entre os opulentos e os deserdados e passem a ser entre “eles” e “nós”. Ou seja, a “luta de classes” dá lugar à bandeira da “luta contra o Outro”, um conflito eterno e sem solução
Com o assassinato do líder do Hamas, Ariel Sharon mostra continuar determinado na sua opção de subjugar completamente o povo palestino, usando para isso a violência extrema e o terrorismo de Estado. Israelenses e palestinos continuarão pagando o preço dessa loucura, que pode se estender para além das fronteiras de Israel
Dois anos após o 11 de setembro, o que chama a atenção de qualquer observador atento aos fatos é que as espetaculares vitórias norte-americanas se afundam politicamente num atoleiro, tanto no Afeganistão quanto no Iraque
O ataque que destruiu a sede das Nações Unidas demonstrou a limitação intelectual e o comportamento criminoso dos responsáveis pela ação, que podem ter provocado, com isso, o fortalecimento da posição norte-americana na região
Ao explicitar as modalidades de transferência dos bens públicos para as Igrejas, artigo 4 da Lei que determinou a separação do Estado da Igreja suscitou intensa controvérsia ao abrir caminho para disputas entre coletividades de fiéis pelos bens eclesiásticos
A nomeação, pelo presidente Chirac, de uma comissão para refletir sobre o laicismo na República, no momento em que a Assembléia Nacional examina o uso de signos religiosos na escola, ilustra o vigor do debate que percorre a sociedade francesa
Discriminados e sem direitos religiosos, os xiitas sauditas vivem na principal zona de produção de petróleo do país, o que inspira neoconservadores norte-americanos a sonharem com a divisão do reino, mas não, os representantes desta minoria
Enquanto suas relações com Washington foram abaladas pelos atentados de 11 de setembro, a monarquia saudita é desafiada a enfrentar, por um lado, o islamismo fundamentalista e, por outro, as aspirações por reformas e por abertura
Depois de uma agressão criminosa, os iraquianos dizem sim à liberdade e ao Islã, e não à América e a Saddam. Mas os EUA têm planos de uma administração direta do Iraque e impõem uma hegemonia humilhante que deverá incentivar o terrorismo
Hoje como ontem, a Casa Branca não tem interesse na volta dos inspetores, mas num pretexto para uma aventura militar que pode acentuar ainda mais o fosse que separa o mundo muçulmano do Ocidente
Um livro recentemente publicado tem o mérito de desmentir veementemente a versão – divulgada por Israel e propalada pela mídia global – de que, na reunião de Camp David de julho de 2000, Arafat rejeitou a “generosa” oferta de paz de Ehud Barak
Alguns intelectuais e especialistas tentam nos persuadir de que o Corão contém em si as fontes dos males dos países do islã: mergulhe nas suratas – dizem – reveladas a Maomé há cerca de 14 séculos, e você compreenderá, enfim, esse universo misterioso
Taba, estação balneária no Golfo de Aqaba, início de 2001. Representantes israelenses e palestinos estão reunidos desde 21 de janeiro, para tentar “salvar a paz”. Um documento, “explosivo”, da delegação israelense, abre caminho para o conseguir
Taba, estação balneária no Golfo de Aqaba, início de 2001. Representantes israelenses e palestinos estão reunidos desde 21 de janeiro, para tentar “salvar a paz”. Um documento, “explosivo”, da delegação israelense, abre caminho para o conseguir
Longe de olhares do público, a Comissão de Indenizações da ONU decide, em Genebra, as sanções que vai impor a esse país onde crianças morrem por falta de cuidados médicos e os hospitais não têm material. O objetivo parece ser desmantelar uma das mais antigas civilizações do mundo
Em 20 de maio de 1991, a UNCC decide que 30% das exportações de petróleo e de produtos do petróleo iraquianos serão canalizados para as indenizações e o pagamento dos custos de funcionamento da Comissão
Muitos dados utilizados pela UNCC provinham de governos nacionais, encarregados de centralizar as reivindicações. Esses governos tinham todo interesse em "aumentar" os pedidos, uma vez que poderiam reter até 1,5% das somas recebidas, o que fizeram
Os Estados Unidos interpretaram o colapso da União Soviética e o fim do comunismo como a vitória da sua concepção de democracia. Ela se reduz, no fundo, a algumas receitas e uma vitrine eleitoral
O roteiro da ascensão do futuro presidente sírio é tão perfeito que se poderia acreditar ter sido escrito por seu pai, Hafez El Assad, que reinou absoluto durante 30 anos. E isso não é totalmente falso
Jovens, de túnica branca tradicional, com seus telefones celulares num cibercafé. O petróleo entregue outra vez aos estrangeiros e as fortunas da elite sempre no exterior. Sem romper com o atraso, e sem democracia, o novo monarca saudita que ser global...