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A finitude de nosso domínio

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Participamos de uma mudança de era e a escolha da direção só pode ser coletiva e incluir os que estão para nascer. É necessário, portanto, implantar estruturas de governabilidade planetária e substituir a competição pela emulação e a cooperação

Albert Jacquard - (01/05/2004)

O primeiro a compreender e a expressar a mudança sofrida atualmente pela humanidade não foi um responsável político nem um homem da ciência, mas um poeta. Em 1945, no Regards sur le monde actuel [Olhar sobre o mundo atual], Paul Valéry escrevia: “O tempo do mundo que acaba, começa”. É preciso avaliar as conseqüências desta constatação: nós entramos em uma nova fase da história dos seres humanos.

Até há pouco tempo, era possível ver como praticamente infinito, quase inesgotável, o domínio que nos era acessível. Os mapas do planeta comportavam grandes manchas brancas designadas como Terra Incógnita; os bens que ela nos fornecia eram infinitamente renováveis; quando expulsos de um território era possível encontrar um outro em outra parte. Agora não temos mais esta outra parte.

Alguns otimistas imaginam que podemos escapar desta finitude indo nos instalar em um outro planeta. E nós conhecemos bem os planetas do sistema solar: nenhum poderia abrigar de forma durável a humanidade; quanto a aqueles que gravitam ao redor de outras estrelas, eles estão tão distantes que as idas e vindas de um explorador demorariam séculos. É sabedoria admitir que nós somos definitivamente destinados a residir na Terra. É preciso nos organizar considerando os limites que isto nos impõe. Certamente, será possível dar outra vez alguns passos sobre a Lua ou percorrer Marte, mas será uma exploração e não uma conquista.

Esta constatação não é de forma alguma uma má notícia: ela nos permite definir com lucidez os termos do contrato de casamento entre a Terra e a Humanidade e de fazer um projeto realista sobre uma maneira de viver uns com os outros.

A Humanidade diante da Terra

Até há pouco tempo, era possível ver como praticamente infinito, quase inesgotável, o domínio que nos era acessível neste planeta

A Terra: ela já é muito conhecida, percorremos por todos os seus rincões, reconstituímos toda a sua história e começamos o inventário de suas riquezas.

A Humanidade: este termo não designa somente os cerca de seis bilhões de atualmente vivos, mas a totalidade dos seres humanos passados, presentes e, principalmente, não os esqueçamos, os do futuro. Isto representa, podemos calcular, um efetivo de muitos milhares de bilhões de indivíduos (pelo menos na hipótese de que será evitado o suicídio coletivo atualmente em preparação sob os cuidados dos Estados verdadeiramente detentores de armas de destruição maciça, principalmente nuclear). É verdade que os humanos que ainda não nasceram não podem exprimir suas opiniões, mas, se nós desejamos realizar uma democracia que se estenda no tempo e no espaço, é preciso levar em conta suas necessidades, escutá-los embora não possam falar.

O número atualmente elevado dos humanos camufla a fragilidade de nossa espécie. Durante quase a totalidade de sua história, seu efetivo permaneceu frágil, as pressões cegas do meio ambiente poderiam tê-la feito desaparecer. Mas, contrariamente a tudo que nos cerca, somos capazes de não nos submetermos passivamente à nossa sorte. Recentemente, há apenas mais de dez mil anos, soubemos, ao inventar a agricultura, conseguir da Terra mais comida do que ela nos dá espontaneamente. Nosso efetivo pôde crescer e ultrapassar, no início da era cristã, duzentos ou trezentos milhões de seres humanos. Ele permaneceu de forma durável neste nível antes de conhecer, no decorrer dos últimos séculos, um aumento tão rápido que pudemos evocar uma explosão demográfica.

Esta explosão, durante a segunda metade do século XX, poderia parecer perigosa: correspondia a uma duplicação de nosso efetivo a cada quarenta anos, um ritmo que não poderia, evidentemente, permanecer durável. Felizmente, este ritmo acaba de diminuir mais rapidamente do que tinham previsto os demógrafos. As previsões atuais evocam uma estabilização antes do fim do século XXI no nível de nove bilhões de seres humanos. O problema, portanto, se coloca de forma clara: como tornar compatível nossas necessidades e os bens de nosso planeta?

A grande vulnerabilidade

O número atualmente elevado dos humanos camufla a fragilidade de nossa espécie. Durante quase a totalidade de sua história, seu efetivo permaneceu frágil

A questão é muitas vezes apresentada sob a seguinte forma: poderia a Terra alimentar tantos seres humanos? Ocorre que a resposta é positiva. Mesmo na ausência de uma nova “revolução verde”, a quantidade de alimentos disponíveis será suficiente. É claro que muitos seres humanos hoje têm fome, mas isto é muito mais um problema de repartição do que de produção.

Na verdade, as penúrias mais ameaçadoras não dizem respeito à alimentação mas a bens que os economistas antigamente consideravam sem valor por serem inesgotáveis, como o ar e a água. O modo de vida ocidental, ao se generalizar fez surgir a vulnerabilidade do clima, do qual estes dois bens dependem; longe de serem inesgotáveis eles estão à mercê da poluição que nosso comportamento destrói como um sudário em torno do planeta. Só recentemente compreendemos, constatando a evolução do clima, a advertência de Paul Valéry: as conseqüências dos nossos atos superam aquilo que o nosso planeta pode suportar e essas conseqüências são muitas vezes irreversíveis. Desta forma, é portanto urgente que estes atos sejam deliberados coletivamente. Isto é uma evidência para todos os bens que a Terra nos oferece mas que é capaz de nos oferecer somente uma vez.

Destruí-los é privar nossos descendentes destes bens. Tudo que é não-renovável deveria, portanto, ser considerado como “patrimônio comum da humanidade”. Este conceito foi proposto pela Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e à cultura (Unesco) a propósito das obras de arte. Os templos, as catedrais, não pertencem, verdadeiramente, a indivíduos ou a coletividades, eles pertencem à humanidade. Ninguém tem o direito de destruí-los. O que é aceito unanimemente para o templo de Borobodur ou à catedral de Chartres, obras humanas, deveria sê-lo para a floresta amazônica ou para qualquer jazigo de petróleo, obras da natureza.

O exemplo da Antártida

O problema, portanto, se coloca de forma clara: como tornar compatível nossas necessidades e os bens de nosso planeta?

Não se trata de nos proibir qualquer gesto que modifique o planeta mas sim de só agir depois de ter avaliado as conseqüências e considerado os interesses de todos, quer sejam aqueles dos que vivem ou dos que vierem a nascer. Como acionar um lobby encarregado de falar em nome daqueles que não podem se expressar, por não terem nascido e que nem por isso são menos interessados?

Felizmente, esta necessidade de uma gestão razoável, pela humanidade, de sua propriedade de família começa a ser sentida. As primeiras medidas foram tomadas nesta sentido. A Antártida é um exemplo. Mas a questão começou mal.Nos mapas esta imensa extensão era apresentada como um bolo repartido em partes; uma dúzia de nações disputando sua soberania, justificando sua pretensão pelo fato de a terem explorado. Finalmente, a razão acabou prevalecendo quando, em 1959, um acordo internacional foi assinado. Este continente é a partir de então protegido; tudo que poderia perturbar de forma durável os equilíbrios locais é submetido a severas restrições; ele é reconhecido como fazendo parte do patrimônio comum. Nada impede de, pouco a pouco, estender este reconhecimento a todos os continentes.

Os seres humanos diante da humanidade

As penúrias mais ameaçadoras não dizem respeito à alimentação mas a bens que os economistas antes consideravam sem valor por serem inesgotáveis, como o ar e a água

Para os seres humanos, mais difícil do que a harmonia com o planeta será a harmonia entre eles.

A primeira conseqüência da finitude de seu domínio é sua inevitável interdependência. Considerar esta finitude não se impõe somente pelo recente crescimento de nosso efetivo, mas, principalmente, pelo fabuloso progresso dos meios de comunicação. A duração das viagens que duravam semanas ou meses passa a ser medida em horas ou em minutos; as informações são transmitidas instantaneamente: somos os testemunhos visuais de acontecimentos que se produzem em outros continentes. Não é mais possível imaginar qualquer esplêndido espaço isolado.

As decisões de um, quer seja um indivíduo, uma coletividade ou uma nação, têm necessariamente, conseqüências, a mais ou menos longo termo, para todos os outros. Portanto, cada um tem sua palavra a dizer sobre as decisões de todos. Este constrangimento pode parecer pesado. Mas, na realidade, para cada um é a chave de acesso a um status verdadeiramente humano. Tentar escapar disto seria renunciar à riqueza essencial, a nossa “humanitude” não a recebida da natureza mas sim, a construída por nós. “Não se nasce homem, nos tornamos”, diz Erasmo. Na verdade a natureza nos dá todas as informações necessárias para construir um membro da espécie Homo Sapiens; mas uma outra fonte é necessária para aceder à consciência de sê-lo. Esta fonte não biológica só pode ser o reencontro dos outros seres humanos. Aquele do qual nós falamos quando dizemos “Eu” não é o locutor dele mesmo: é uma pessoa feita de todos os laços resultantes destes reencontros. Nossa especificidade, a performance que nos distingue radicalmente dos outros seres vivos é a riqueza de nossas trocas. Isolados nós somos primatas, nossos encontros fazem de nós seres humanos.

Os bons encontros

Tudo que é não-renovável deveria, portanto, ser considerado como “patrimônio comum da humanidade”

A interdependência imposta pelos limites de nosso domínio cria condições favoráveis à multiplicação destes encontros. Ela é, portanto, uma oportunidade e ainda é preciso saber tirar proveito desta situação. Ora, se encontrar é uma arte difícil que se pode aprender. Ensiná-la a todos é a tarefa primeira de toda comunidade.

Ocorre que o modelo de sociedade atualmente dominante, o modelo ocidental, pode, certamente, se aproveitar do sucesso magnífico no que se refere à eficiência, mas fracassou totalmente quando se trata de colocar seres humanos cara a cara. Ele, na verdade, cometeu o erro de tomar como motor a competição, isto é, a luta de cada um contra todos. Ao longo de uma aventura humana tudo se define por ocasião dos encontros. Transformá-los em um enfrentamento que determinará um ganhador e um perdedor é perder toda a riqueza de uma troca que poderia ser benéfica para todos. Porém, é o que a nossa sociedade apresenta como uma necessidade. O lugar descomunal dado pela mídia aos acontecimentos insignificantes como são os resultados esportivos é o exemplo extremo desta deformação caricatural. A vida de cada um, indivíduo ou coletividade é, desta forma, reduzida a uma sucessão de batalhas, às vezes ganhas e que terminam em uma guerra, que se sabe perdida. Que desperdício !

É urgente trocar o modelo de competição pelo da emulação, isto é, da luta contra si com a ajuda dos outros. Para nós, ocidentais, isto implica em uma revolução; ela pode ser não violenta se for realizada a partir da escola.

Mudança de era

Não se trata de nos proibir qualquer gesto que modifique o planeta mas sim de só agir depois de ter avaliado as conseqüências e considerado os interesses de todos

Que oportunidade: nós participamos de uma mudança de era. Quer queiramos ou não, a humanidade se engaja em uma nova via. A escolha da direção só pode ser coletiva. É necessário, portanto, implantar estruturas de governabilidade planetária cujo esboço é representado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e alguns organismos especializados como a Unesco ou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

E para dar a esta organização os poderes que se tornaram necessários para a interdependência dos seres humanos, será preciso operar uma transformação radical no seu modo de funcionamento.

Ela necessitará, é claro, de um trabalho de longo alcance. Entretanto, é possível marcar rapidamente, por meio de medidas simbólicas, a ruptura necessária com a atual organização. Para começar pelo mais difícil, esta ruptura poderia começar pela localização da ONU. A quase ilha de Manhattan – símbolo de uma cultura da competição, de uma economia triunfante e de um setor financeiro implacável – não é, certamente, um local predestinado para abrigar os encontros onde se manifestam as angústias e as esperanças de todos os povos. Em busca de uma localização mais adequada para este papel, muitos serão os homens cujo olhar se voltará para bem longe de Nova Iorque, bem longe da nação mais arrogante. Por que não olhar para uma destas colinas onde homens souberam expressar, no decorrer dos séculos, sua obsessão pelo destino da comunidade humana: Jerusalém?

(Trad.: Celeste Marcondes)




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