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GEOPOLÍTICA DA GUERRA

Um aliado estratégico duvidoso

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Nove dias após os atentados de 11 de setembro, o general Pervez Musharraf, presidente do Paquistão, fez um discurso invocando a salvação e a unidade nacional para justificar seu apoio, condicional, à intervenção dos Estados Unidos no Afeganistão

Kurt Jacobsen, Sayeed Hasan Khan - (01/12/2001)

O Paquistão, disse Benazir Bhutto em 1995, é “um país moderado, democrático e islâmico, estrategicamente situado na junção da Ásia meridional, da Ásia central e do Golfo arábico-persa, uma região de volatilidade política e de oportunidade econômica1 ”. Sua descrição estava correta no plano geopolítico. Mas esquecia que os militares estiveram nos negócios durante uma boa metade da história do país e que, assim como seus companheiros enfeitados de galões, os dirigentes civis não mostraram grande respeito pelas práticas democráticas.

País muçulmano dotado de instituições leigas, o Paquistão nasceu da sangrenta partilha com a Índia, em 1947. Dividido em duas partes, tinha o adversário indiano pela frente a leste, o Irã e o Afeganistão a oeste e a China e a União Soviética a norte. Assim fragmentado e frágil, o novo país teve de manobrar em um ambiente regional instável, adaptando-se às grandes potências e aproveitando-se, se possível, de suas rivalidades.

A estratégia norte-americana

O Paquistão nasceu da partilha com a Índia, em 1947. Tinha a Índia pela frente, o Irã e o Afeganistão a oeste e a China e a União Soviética a norte

Na origem, o Estado muçulmano de Mohammed Ali Jinnah declarou-se não-alinhado, sempre tentando, sem jamais o conseguir, criar alianças regionais com outros países muçulmanos do Golfo arábico-persa e do Oriente Médio. Mas toda sua política externa foi subordinada ao conflito com a Índia.Três guerras – as de 1947-48 e de 1965, em torno da Caxemira, e a de 1971, em Bangladesh – terminaram com derrotas paquistanesas. Dessa forma, Islamabad procurou encontrar nos Estados Unidos, na China e em outros lugares os apoios que lhe permitiriam enfrentar uma Índia demográfica e militarmente superior. Resumindo, a inclusão do Paquistão na rede regional da guerra fria dos Estados Unidos não resultou de uma opção ideológica com relação à partilha leste-oeste.

Por seu lado, até o início da década de 70 os Estados Unidos tiveram por política levar os dois adversários a cooperar para poderem promover seus propósitos da guerra fria contra a União Soviética. A estratégia regional norte-americana visava então a salvaguardar as rotas do petróleo, confinando a URSS e a China à Ásia. Na Ásia meridional, tratava-se de manipular o Paquistão e o Islã contra o “comunismo ateu”, mantendo a Índia fora da órbita soviética.

O programa nuclear

Sua política externa foi sempre subordinada ao conflito com a Índia.As três guerras (1947-48, 1965 e 1971) terminaram com derrotas paquistanesas

Rapidamente, o Paquistão consentiu na manipulação do jogo estratégico norte-americano. Em 1954, por exemplo, diante da isca irresistível da ajuda econômica norte-americana, o Paquistão tornou-se membro da South East Asian Treaty Organization (Seato) 2 e da Central Treaty Organization (Cento) 3 , duas alianças regionais militares dos Estados Unidos na guerra fria. A pedido dessas últimas, Islamabad permitiu a utilização de suas bases aéreas e aceitou a instalação de estações de escuta eletrônica norte-americanas. O avião espião U-2 abatido pelos soviéticos em outubro de 1960, por exemplo, havia decolado de uma base situada perto de Peshawar.

Mas era uma relação equívoca. Os Estados Unidos suspenderam sua ajuda econômica ao Paquistão em 1965, após a segunda guerra indo-paquistanesa. Islamabad voltou-se então para a China: a guerra sino-indiana de 1962 (perdida pela Índia) tinha criado as premissas para uma aliança paquistano-chinesa, principalmente nas áreas de cooperação militar e de tecnologia nuclear. Se o programa nuclear paquistanês foi lançado em meados da década de 50 com a ajuda dos Estados Unidos e da Europa – com o Canadá instalando o primeiro reator nuclear em Karachi –, foi a China que contribuiu com mais empenho, nas décadas de 70 e de 80, para o desenvolvimento do programa militar paquistanês, graças a uma política de proliferação ativa.

3,2 bilhões de dólares em seis anos

Até o início da década de 70, os EUA tiveram por política levar os dois adversários a cooperar para poderem promover a guerra fria contra a URSS

Em um novo movimento do pêndulo da balança, a ruptura sino-soviética consagraria a tríplice aliança americano-sino-paquistanesa das décadas de 70 e de 80. A partir do começo da década de 70, por exemplo, ajudas norte-americanas importantes são despejadas no Paquistão, incitando todos os generais paquistaneses e as 22 famílias dominantes a participarem do festim4 . Os apetites de certos oficiais rivalizavam, na época, com os de seus colegas vietnamitas, beneficiários na mesma ocasião, de semelhantes generosidades norte-americanas.

Mas é principalmente a partir de 1979, e da invasão soviética ao Afeganistão, que o Paquistão se torna um trunfo decisivo no grande jogo regional norte-americano. Essa intervenção e a revolução iraniana do mesmo ano fazem desaparecer toda a prevenção ocidental em relação ao regime paquistanês corrupto. Este se torna um aliado estratégico: a partir do começo da década de 80, o Paquistão recebe dos Estados Unidos 3,2 bilhões de dólares em seis anos, uma quantia enorme, se comparada com o Produto Interno Bruto (PIB) da época (25 bilhões de dólares) 5 .

“Bilateralismo” com as superpotências

É principalmente a partir da invasão soviética ao Afeganistão (1979), que o Paquistão se torna um trunfo decisivo no jogo regional norte-americano

O general Zia ul Haq dirige, então, o país, depois de ter deposto o presidente civil Zulfikar Ali Bhutto (executado em 1979). Zia submete o Paquistão a uma política de islamização “branda”. O general-presidente tenta apoiar-se no Islã para assegurar a coesão de uma sociedade fraturada, vítima de grandes desigualdades sócio-econômicas e divisões etno-lingüísticas. Essa política de islamização substitui programas de desenvolvimento real nas áreas da educação, da saúde e da habitação. As “elites” econômicas e políticas deixam o povo no analfabetismo e na pobreza.

Por isso, Zia nada tem de um islamista radical. Ele limita a islamização (nizam-i-mustafa, isto é, as regras do profeta) e tenta melhorar as relações bilaterais com a Índia associando-se ao Conselho de Cooperação da Ásia Meridional (CCRAS) e ao Conselho conjunto indo-paquistanês. Na época, o país passa por uma taxa de crescimento de 6% ao ano e beneficia-se das contribuições de trabalhadores paquistaneses emigrantes e da ajuda dos sauditas, dos norte-americanos e, às vezes, até dos russos. Sem falar dos recursos substanciais provenientes dos laboratórios de heroína dos pashtu, na fronteira com o Afeganistão. No plano internacional, o general tenta empreender uma chamada política de “bilateralismo”, isto é, jogar igual com as superpotências.

Washington aproxima-se dos taliban

A política de islamização do general-presidente Zia ul Haq substitui programas de desenvolvimento real nas áreas da educação, da saúde e da habitação

Resta dizer que foi durante a sua presidência (terminada num misterioso acidente de avião, em 1988) que se desenrola a guerra do Afeganistão e a escalada do poder do islamismo radical e armado neste país. Os serviços secretos militares paquistaneses – o Inter Services Intelligence (ISI) –, que antes tinham adquirido prática na Caxemira, foram o instrumento dessa política. Ela serve simultaneamente aos interesses regionais do Paquistão e aos interesses globais dos Estados Unidos. O Paquistão deseja obter uma “profundidade estratégica” em relação ao adversário indiano, enquanto os Estados Unidos querem sangrar o Exército Vermelho e a União Soviética nas montanhas da Ásia Central. Como disse, na época, o ex-assessor para assuntos de segurança de James Carter sobre os mujahidines: “Nós nos juntamos a vocês nessa guerra santa contra o povo descrente da Rússia.” Os dois objetivos, o de Islamabad e o de Washington se harmonizavam no apoio levado aos movimentos armados islamistas no Afeganistão, financiados pela Arábia Saudita.

Depois da guerra do Afeganistão e da retirada soviética, são os taliban, treinados pelos paquistaneses, que se apoderam de Cabul (1994) e, depois, de quase todo o país. Contam com um apoio efetivo dos Estados Unidos até 2001. Segundo certas fontes, o chefe da CIA em Islamabad, por exemplo, efetuou uma visita a Cabul em 1996 para encontrar os dirigentes taliban (o embaixador norte-americano em Cabul opôs-se a isso devido ao embaraço potencial que isso poderia causar junto às eleitoras norte-americanas). O objetivo norte-americano era ter acesso aos recursos estratégicos da Ásia Central e conter, ao mesmo tempo, o Irã, a Rússia e a China.

Cultura da kalachnikov do jihad

Foi durante o governo de Zia ul Haq que se desenvolveu a guerra do Afeganistão e a escalada ao poder do islamismo radical e armado neste país

Em meados da década de 90, as despesas militares paquistanesas absorviam 26% do orçamento nacional e 9% do PNB6 . E é na década de 90 que o islamismo se torna uma verdadeira força na sociedade paquistanesa. É verdade que o Jamaata-I-Islami, partido fundamentalista, nunca passou de alguns pontos nas eleições nacionais. Mas os ativistas religiosos saídos das madrassa (escolas que ensinam o Corão), muitos dos quais participaram da guerra afegã ou do conflito na Caxemira, são uma força com a qual o poder tem que contar. Dirigidas por outra organização islamista, o Jamiat-ul-ulema-I-Islam, essas escolas preencheram o vazio deixado pelo Estado na área da educação. Enquanto o Paquistão gasta hoje 38% de seu orçamento com a defesa, só gasta 3,5% com a educação e a saúde7 .

Milhões de refugiados, um tráfico de drogas sem controle, uma cultura da kalachnikov e uma cultura do jihad (guerra santa) constituem a herança trágica da guerra do Afeganistão. Alguns ativistas foram desviados para a Caxemira, mas outros foram para o Afeganistão combater, como o fazem no Paquistão, xiitas e outras minorias.

Os limites da tolerância

Em meados da década de 90, as despesas militares absorviam 26% do orçamento e 9% do PNB. Atualmente o Paquistão gasta 3,5% com a educação e a saúde

A partir de 11 de setembro, a situação geopolítica regional se transformou de novo. Os Estados Unidos cortejam o Paquistão do general Pervez Musharraf, mas não se sabe se o atual regime sobreviverá. Na realidade, a evolução paquistanesa depende da situação no Afeganistão. No caso de partilha desse país entre zonas étnicas concorrentes, o Paquistão será diretamente afetado. Os pashtu paquistaneses poderão ser tentados a unir-se a seus irmãos étnicos, além-fronteira. A combinação da pobreza, da instabilidade étnica e das armas nucleares é particularmente preocupante. Segundo os serviços secretos norte-americanos, o Paquistão já detinha, em meados da década de 90 uma dezena de armas nucleares de concepção chinesa e mísseis chineses M-118 .

Até o momento, o general Musharraf soube operar uma reviravolta estratégica radical: apóia a guerra contra seus ex-aliados taliban e sabe que seus simpatizantes estão confinados às zonas étnicas pashtu do Paquistão e de Karachi. Mas há um limite desconhecido para o que os paquistaneses aceitarão. Até o momento, a maioria dos punjabi, sindi, baluchi e mojahir não participam das manifestações contra o regime. Mas se a guerra perdurar, aparecerão então todos os perigos.
(Trad.: Maria Elisabete de Almeida)

1 - Citado por M.G. Chitaka, Nuclear Pakistan, ed. APH Publishing Company, Nova Déli, 1996.
2 - N.T.: Organização do Tratado do Sudeste Asiático.
3 - N.T.: Organização dos Estados da Ásia Central.
4 - Com o general Ayub Khan, na década de 60, a economia passou por um crescimento rápido. Cerca de 22 famílias controlavam 85% da vida comercial e econômica, enquanto o salário médio dos operários diminuiu. Ler, de Hamid Yusuf, Pakistan, a Study of Political Development 1947-1997, ed. Sang-e-eel Publishers, Lahore, 1999.
5 - Ler, de Rivhard Reeves, Passage to Peshawar, ed. Simon & Schuster, Nova York, 1984, p.17.
6 - Ler Pakistan, a Country Study, org. Peter R. Blood, ed. Library of Congress, Washington DC,1995, p.xxvi.
7 - Ler, de Sulukshan Mohan, Pakistan under Musharraf, ed. Indian Publishing Distributors, Nova Déli, 2000, p. 184.
8 - Ler, de M.G. Chitaka, Nuclear Pakistan, ed. APH Publishing Company, Nova Déli, 1996.




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