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É notório que as forças armadas constituem o maior partido político do país. Poucos sabem, no entanto, que elas concentram também um formidável poder econômico, responsável por 6% do produto interno bruto. Seus negócios vão da alta finança e da indústria pesada até a administração de padarias e salões de beleza
Num contexto geopolítico instável, marcado pelos atropelos da “guerra contra o terror”, um dos mais sólidos pontos de apoio do presidente Bush acaba de ceder. A proclamação do estado de sítio pelo general Pervez Musharraf é uma grave confissão de fraqueza da parte do ditador paquistanês
Lançada como sucesso nos Estados Unidos, a autobiografia de Pervez Musharraf tem atmosfera de mistério. Talvez para combinar com as ambigüidades do personagem...
Um ano eleitoral complexo expõe as ambigüidades de um dos países mais populosos do mundo. Aliado estratégico dos EUA desde o 11/9, o presidente Musharraf busca um difícil equilíbrio, que inclui laços com o islamismo extremista e relação especial com os generais
Centros do pensamento islâmico fundamentalista e únicas escolas acessíveis aos pobres, em muitos países, elas são vistas com freqüência, no Ocidente, como "escolas de terror". É uma visão preconceituosa
Por seus atos e omissões, as potências ocidentais lançaram ao mundo árabe, nos últimos meses, um conjunto de desafios. Tem sentido lastimarem, agora, fatos como a vitória do Hamas?
O presidente paquistanês, general Moucharraf, procura manter um equilíbrio frágil entre as exigências americanas e sua intenção de manter os islamitas sob controle. Mas o futuro do jogo político depende, fundamentalmente, do diálogo com a Índia – que entra em nova fase com a vitória do partido de Sonia Gandhi
Réplica do escritor à crítica do jornalista William Dalrymple a seu livro “Qui a tué Daniel Pearl?” sobre a morte do jornalista seqüestrado e posteriormente executado por islamitas em Karachi, publicado na edição de dezembro do ’Le Monde diplomatique’
Resposta do jornalista, correspondente na Índia e no Paquistão há 17 anos e autor da crítica ao livro de Bernard-Henry Lévy sobre o assassinato de Daniel Pearl
Dois livros descrevem o bárbaro assassinato de Daniel Pearl. O de sua mulher, Mariane, sem ódio ou preconceito com o islamismo e o Paquistão homenageia o marido com generosidade e energia pacífica. O do filósofo francês Bernard-Henry Levy toma o rumo contrário e ainda apresenta-se repleto de imprecisões.
Em pouco mais de cinqüenta anos, a Índia já travou três guerras com o Paquistão – todas em função do território da Caxemira, cuja população, majoritariamente muçulmana, rejeita a dominação do governo de Nova Déli
Há muitos anos que os defensores dos direitos humanos não param de denunciar as violações de direitos e a impunidade que as acoberta. Recentemente, três dramas, reveladores desse estado de coisas, mobilizaram a opinião pública
A Índia e o Paquistão reivindicam a soberania sobre a totalidade do território da Caxemira. O Paquistão declara que a maioria muçulmana lhe é favorável e pede a aplicação das resoluções da ONU, em particular aquela referente a um plebiscito
A crise afegã chamou a atenção para um outro conflito, o da Caxemira, que opõe a Índia e o Paquistão por intermédio de combatentes muçulmanos. Se para Nova Déli são “terroristas”, para Islamabad, são “combatentes da liberdade”
Após proteger, durante longo tempo, os taliban, o general Pervez Musharraf, presidente do Paquistão, invoca agora a salvação e a unidade nacional para justificar seu apoio incondicional à intervenção militar norte-americana no Afeganistão
Nove dias após os atentados de 11 de setembro, o general Pervez Musharraf, presidente do Paquistão, fez um discurso invocando a salvação e a unidade nacional para justificar seu apoio, condicional, à intervenção dos Estados Unidos no Afeganistão
No final da década de 70, em colaboração com os serviços secretos paquistaneses, a CIA e os países do Golfo levantaram bilhões de dólares e recrutaram milhares de voluntários que se juntaram aos mujahidin no Afeganistão