» No Capitalismo Indigno, raiz da extrema-direita
» Seres e lugares no cinema brasileiro
» Quem rotula quem, no mundo da alimentação-mercadoria?
» Orçamento-2025: onde está o “rombo”?
» MST, 40: muito além das ocupações
» IA: a urgência das Infraestruturas Públicas Digitais
» Como Florestan depenou o mito da democracia racial
» Dowbor expõe os novos aspectos do rentismo
» La forêt française, un bien commun en danger
» L'environnement sacrifié à l'agrobusiness
» Des JO « responsables », un chantier inachevé
» Au Royaume-Uni, la rue avec Gaza, les élites derrière Israël
» France et Sud global, rendez-vous manqué ?
» De la guerre comme matériau romanesque
» Mali's Tuaregs: ‘For us, this war is existential'
» Eastern DRC: mines, armed groups, refugees
» Six decades of French motorway building
» Per capita income and Venezuelan population of Madrid
» India reflected on the small screen
» Elite sports versus the pull of the sofa
» Senegal: a self-correcting democracy
» DRC: chaos and misery of a failed state
» Os Sopranos: "gangsters" neurasténicos
» Jornalismo de lama, jornalismo oficial
» Alojamento local e crise de habitação: o que a direita finge não perceber
» Simplex Ambiental: dar a chave do galinheiro à raposa
» As eleições europeias e os novos desafios à soberania
» Será preciso desobedecer à Europa?
» Madrid, refúgio latino-americano
» O ambiente sacrificado ao agronegócio
Enquanto o Zimbábue e a Zâmbia lutam para evitá-los, a África do Sul tornou-se a porta de entrada dos transgênicos no continente, onde pode encontrar sua melhor clientela: fazendeiros em busca de lucro rápido e um governo que aposta cegamente no progresso tecnológico
A escritora britânica Doris Lessing nasceu em 1919 e instalou-se com seus pais na Rodésia do Sul (atual Zimbábue) aos 6 anos de idade. Identificada como a militante feminista que abalou as idéias conservadoras com seu romance ’cult Carnet d’or’ (Carnê dourado), foi também uma combatente heróica contra as injustiças, o colonialismo e o ’apartheid’. Hoje, aos 84 anos, Lessing não hesita em falar sobre suas decepções com o feminismo, mas também com os dirigentes do Zimbábue, pois lutou muito em prol da independência desse país. Traça aqui um retrato acusador contra o controvertido presidente Robert Mugabe. Trata-se de um autocrata que mandou prender seu principal oponente, Morgan Tsvangirai, antes de ser obrigado a libertá-lo. Mas sua política é também marcada pelas pressões econômicas e políticas das potências internacionais.
Por trás das críticas – muitas vezes corretas – lançadas contra o regime de Robert Mugabe, está um temor: e se os negros africanos resolverem reivindicar uma verdadeira reforma agrária?