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GEOPOLÍTICA

Os "poliglotas descalços"

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Henry Kissinger será lembrado tanto pela diplomacia pouco convencional e extremamente ágil que praticou quanto pelo lado sangrento de suas decisões e iniciativas. Ainda muito influente, ele jamais escondeu a importância que têm, para os EUA, políticos latino-americanos como Carlos Menem e FHC

José Luís Fiori - (24/12/2007)

Heinz Alfred Kissinger, diplomata norte-americano mais influente da segunda metade do século 20, nasceu em Fürth, na Alemanha, em 1923. Imigrou para os Estados Unidos, e nacionalizou-se norte-americano em 1943, antes de doutorar-se na Universidade de Harvard, em 1954, onde foi, até 1971, professor e diretor do Centro de Estudos Internacionais, e do Programa de Estudos de Defesa. Apesar disso, Henry Kissinger não foi um acadêmico. Foi sobretudo, consultor, funcionário e executivo da segurança nacional, e da política externa norte-americana. De 1953 até o final da sua gestão, foi Conselheiro de Segurança da Presidência, no governo de Dwight Eisenhower. Entre 1968 e 1976, atuou como Secretário de Estado das administrações de Richard Nixon e Gerald Ford. Nesse último período, em particular, Henry Kissinger exerceu uma diplomacia pouco convencional e extremamente ágil, como formulador e operador direto de suas próprias decisões, cioso de suas idéias e do seu poder pessoal e institucional. Foi nessa época que tomou algumas decisões e liderou iniciativas do governo norte-americano, que deixaram marcas profundas na história da segunda metade do século 20.

Entre suas iniciativas com sinal “positivo”, destacam-se: a distensão das relações com a União Soviética e a negociação dos tratados de “não proliferação nuclear”, de “limitação das armas estratégicas” e de controle dos “mísseis balísticos”, na década de 70; as negociações de paz, no Vietnã, que levaram à assinatura dos Acordos de Paris, em 1973; e, finalmente, a mais famosa de suas acrobacias diplomáticas, as viagens secretas a Pequim, e suas negociações pessoais, com Chou en Lai e Mao Tse Tung, em 1971 e 1972, que levaram à reaproximação dos Estados Unidos com a China, nas décadas seguintes. Por outro lado, entre suas decisões e iniciativas “sangrentas”, destacam-se: a autorização do bombardeio aéreo do Camboja e do Laos, tomada sem a autorização do Congresso Americano, em 1969; o apoio à guerra do Paquistão com a Índia, no território atual de Bangladesh, em 1971; o apoio e financiamento ilegal da invasão do Chipre, pela Turquia, em 1974; o apoio à invasão sul-africana de Angola, em 1975; e finalmente, também em 1975, o apoio à invasão do Timor Leste, pela Indonésia, que se transformou numa ocupação de 24 anos e custou 200 mil vidas. Separadamente, a América do Sul ocupa um lugar de destaque, nessa lista “negra”, das grandes decisões tomadas por Henry Kissinger, entre 1968 e 1976. Basta ler os documentos oficiais norte-americanos, que já estão disponíveis, e as várias pesquisas jornalísticas e acadêmicas que apontam para o envolvimento direto do ex-Secretário de Estado norte-americano com a preparação e execução dos violentos golpes militares que derrubaram os governos eleitos do Uruguai e do Chile, em 1973, e da Argentina, em 1976. Além disso, existem inúmeros processos judiciais — em vários países [1] — envolvendo Henry Kissinger com a Operação Condor, que integrou os serviços de inteligência das Forças Armadas da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, para seqüestrar, torturar e assassinar personalidades políticas de oposição.

O apoio de Kissinger, e da diplomacia norte-americana a tais “intervenções militares”, que se caracterizaram por sua extraordinária truculência, sempre causou perplexidade entre os analistas. Mas não é difícil de entender o que aconteceu quando se olha para os interesses estratégicos dos Estados Unidos e sua defesa na América do Sul, da perspectiva de longo prazo, traçada por Nicholas Spkyman [2]. Spykman definiu o continente americano, do ponto de vista geopolítico, como primeira e última linha de defesa da hegemonia mundial dos Estados Unidos. Dentro desse hemisfério, ele considerava improvável que surgisse um desafio direto à supremacia dos Estados Unidos, na “América Mediterrânea”, onde ele incluía o México, a América Central e Caribe, e também, a Colômbia e a Venezuela. Mas ele considerava que poderia surgir um desafio dessa natureza na região do ABC, no Cone Sul da América. E em tal caso, ele considerava inevitável o recurso à guerra. A sigla ABC, refere-se a Argentina, Brasil e Chile, mas a região do ABC inclui, também, o território do Uruguai e do Paraguai – ou seja, inclui exatamente os mesmos cinco países que estiveram envolvidos na Operação Condor. Nesse sentido, pode-se dizer que Henry Kissinger seguiu rigorosamente as recomendações de Nicholas Spykman com relação ao controle dessa região geopolítica. Sua única contribuição pessoal foi a substituição da “guerra externa”, proposta por Spykman, pela “guerra interna” das Forças Armadas locais contra setores de suas próprias populações nacionais. Mas, mesmo nesse ponto, Kissinger não foi original: recorreu ao método que havia sido utilizado pelos ingleses, na Índia, durante 200 anos. E em todos os lugares em que a Grã Bretanha dominou Estados fracos, utilizando suas elites divididas e subalternas, para controlar as suas próprias populações locais.

Nas décadas de 80 e 90, Henry Kissinger afastou-se da diplomacia direta, mas manteve sua influencia pessoal e intelectual dentro do establishment norte-americano e entre as elites conservadoras sul-americanas. Em 2001, ele publicou um livro sobre o futuro geopolítico, e sobre a defesa dos interesses norte-americanos ao redor do mundo. Com relação à América do Sul, o autor atenuou a forma, mas manteve o “espírito” de Spykman: segundo Kissinger, a América do Sul segue sendo essencial para os interesses norte-americanos, devendo ser mantida sob a hegemonia dos Estados Unidos. Só que hoje, a ameaça a essa hegemonia já não vem da Alemanha, nem da União Soviética, vem de dentro do próprio continente. No plano econômico: dos projetos de integração regional que excluam ou se oponham à ALCA. E no plano político: dos populismos e nacionalismos que, segundo ele, estão renascendo no continente. Por fim, mesmo que não tenha escrito de forma explícita, o entusiasmo demonstrado por Kissinger, com as reformas liberais dos anos 90, e com os governos de Menem e Cardoso, não deixa dúvidas com relação a sua preferência e estratégia atual, para a “região do ABC”: depois dos militares, os “poliglotas descalços”.

Mais:

José Luís Fiori é colaborador do Caderno Brasil de Le Monde Diplomatique.

Textos anteriores:

Nicholas Spykman e a América Latina
O grande teórico da "escola norte-americana de geopolítica" nasceu na Holanda e viveu apenas 49 anos — mas seu pensamento alimenta até hoje a estratégia de poder global dos EUA. Ele dedicou especial atenção à "luta pela América do Sul"

O novo mosaico global, visto por Fiori
Num depoimento especial, um dos mais importantes cientistas sociais brasileiros antecipa o sentido de seu novo livro, que descreve um início de século já marcado por duas grandes reviravoltas, e lança nova contribuição ao debate sobre a “hegemonia norte-americana”



[1] O interesse sobre o assunto foi reavivado recentemente, pelo livro do jornalista Chistopher Hitchens, The Trial of Henry Kissinger (2003), e pela resenha de Kenneth Maxwelll, do livro de Peter Kornbluh, The Pinochet file: a Desclassified Dossier on Atrocity and Accountability, publicado na revista Foreign Affairs, de dezembro de 2003, sobre as relações de Kissinger com o regime de Augusto Pinochet, em particular com o assassinato do diplomata chileno Orlando Letelier, em Washington, 1976.

[2] Ler, de José Luís Fiori, em Le Monde Diplomatique Brasil, "Nicholas Spykman e a América Latina"], em 1942 [[ Kissinger, H., (2001), Does America Need a Foreign Policy. Toward a Diplomacy for the 21 st Century, Simon&Schuster, New York

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