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GLOBALIZAÇÃO

Contra a ditadura do inglês

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Para as elites planetárias, o inglês seria a língua da “comunicação internacional”. Contra essa miragem ideológica, é preciso construir um mundo poliglota

Bernard Cassen - (01/02/2005)

Sugerir a obrigatoriedade do ensino do inglês é uma medida política, sem grande relação com as necessidades de comunicação

Alain Minc já tinha sonhado e precisou de pouco para que Claude Thélot conseguisse fazê-lo. Desde 1989, o primeiro se entusiasmava com a idéia de “tornar obrigatório o ensino do inglês desde o primário, permitir a escolha de uma outra língua somente quando o inglês fosse fluente, estimular os métodos pedagógicos, dar ao ensino do inglês a mesma importância que é dada ao de matemática ou de ortografia1 ...” O segundo, no papel de presidente da comissão do debate nacional sobre o futuro da escola, havia enviado ao Ministro da Educação, François Fillon, um relatório em que preconizava o ensino obrigatório do ‘inglês de comunicação internacional’ desde o segundo ano da escola primária, ou seja, desde a idade de 8 anos2 . Prudente, o ministro aceitou apenas a sugestão de ensinar uma língua viva a partir do primeiro ano do curso elementar. Na prática o resultado será o mesmo, uma vez que, sem que saiba-se exatamente o que isto significa3, há uma forte pressão, principalmente da mídia, em fazer do inglês a única língua de “comunicação internacional”.

É necessária uma reflexão sobre a articulação entre esses três parâmetros – a realidade e a previsão das verdadeiras necessidades lingüísticas dos cidadãos (e não simplesmente de representações que se fazem em associações de pais de alunos); a geopolítica de línguas e a geopolítica propriamente dita; os relatórios como aqueles elaborados pela comissão de Thélot, que finalizam-se com conclusões dignas daqueles feitos em botequins. Sugerir a obrigatoriedade do ensino do inglês, na França ou em qualquer outro país da União Européia, é uma medida altamente política, sem grande relação com as necessidades de ‘comunicação’, e só faz sentido quando analisada sob a ótica do futuro da Europa e do mundo e, particularmente, das relações com os Estados Unidos.

Lucro ideológico

A língua inglesa está no centro de um sistema global, no qual desempenha um papel igual àquele do dólar no sistema monetário internacional

O poder imperialista americano, que propulsiona e molda ao seu bel prazer a globalização neoliberal, não se baseia somente em fatores materiais (habilidades militares e científicas, produção de bens e serviços, controle de fluxos de energia e de capitais etc). Incorpora também, e principalmente, o controle de idéias, logo abrange as referências e sinais culturais, entre eles, os lingüísticos. A língua inglesa está no centro de um sistema global, no qual ela desempenha um papel igual àquele do dólar no sistema monetário internacional.

Num paradoxo com o “léxico da astrofísica”, esse sistema se baseia na existência do astro supremo (o inglês, a língua hipercentral), em torno do qual gravitam doze línguas-planetas, estas cercadas de cerca de 200 línguas-luas, numa órbita que inclui cerca de 6.000 outras línguas (ver, nesta edição, o artigo “Dos confins ao centro da galáxia”). Assim como o duplo status – de mediador em questões internacionais e de país detentor da moeda dominante de reserva internacional – possibilita aos Estados Unidos uma posição privilegiada em relação ao resto do planeta, o fato de possuir uma língua hipercentral apenas vem se somar à sua confortável situação.

Antes de mais nada, tal situação propicia um lucro ideológico, já que estimula elites do mundo todo, ou seja o partido americano sem fronteiras, a fazer alusões à língua dos intelectuais, aos conceitos nesta embutidos e à visão de mundo que ela veicula 4 . E, como observa Claude Hagège, professor do Collège de France, “o prestígio das elites industriais e econômicas é guiado pelo esnobismo – problema que não se debate suficientemente - a classe média tende a imitar tal comportamento e, portanto, a querer aprender o inglês5 ”. Certamente que os “valores morais” que serviram de suporte à campanha e à vitoria do presidente George Bush não poderão satisfazer durante muito tempo os sedentos do “modelo americano”.

Polaridade lingüística

Uma postura mais coerente para busca de um mundo multipolar seria a aplicação de uma política lingüística também multipolar

A vantagem dos países de língua inglesa é também econômica: está a cargo dos outros países o financiamento dos custos de aprendizado e traduções para o inglês. O ensino desta língua, dos métodos de aprendizado, dos meios de avaliação e de formação de recursos humanos tornou-se uma verdadeira indústria e um gerador de divisas considerável para os Estados Unidos e para o Reino Unido. Quando a Comissão Européia, em resposta ao regulamento lingüístico da União Européia, somente publica certos programas ou editais de concorrência em inglês e exige que estes sejam respondidos nesta língua, está favorecendo empresas e instituições de países de língua inglesa e obrigando os outros países a arcar com os custos de traduções. Será esta a famosa “concorrência livre e leal” à qual o projeto da “Constituição Européia” faz constantes alusões?

Estes fatores ideológicos e econômicos se fortalecem mutuamente e contribuem para a consolidação de uma polaridade lingüística planetária. Uma postura mais coerente para busca de um mundo multipolar seria a aplicação de uma política lingüística também multipolar, a qual implica em não permitir nem simbolicamente nem materialmente que o inglês monopolize a hipercentralidade. A resposta, ao menos parcial, consiste na retomada do conceito de “famílias lingüísticas” e na aprendizagem da intercompreensão entre as línguas dessas famílias, particularmente aquelas que reagrupam as línguas romanas. Sob esta ótica tais famílias poderiam ser consideradas, em termos de ensino, como apenas uma língua.

A idéia é esta, os métodos para sua concretização existem e necessitam apenas serem aprimorados. Tal reagrupamento de línguas se baseia em uma massa crítica internacional: as línguas romanas, por exemplo, são oficias em sessenta países; trinta para o francês, vinte para o espanhol, sete para o português, dois para o italiano (Itália e Suíça) e um para o romeno. Temos também Andorra para o catalão... O inglês é língua oficial em apenas 45 países, e o árabe em 25. Em termos demográficos, numa projeção para 2025, teremos 1,561 bilhão de chineses, 1,048 bilhão de habitantes de países de língua inglesa, 484 milhões de habitantes de países de língua espanhola, 285 milhões de habitantes de países de língua portuguesa e 506 milhões de habitantes de países de língua francesa (essa estimativa considera os países nos quais a língua oficial é o francês, mesmo que a população não pratique o francês, como é o caso da Nigéria, por exemplo, onde o inglês é oficial mas somente uma minoria da população é capaz de se comunicar nesta língua) 6 . Tomadas as devidas precauções, que não modificam a ordem de grandeza, pode-se considerar que, incluindo a Itália e a Romênia, os ‘romanofônicos’ capazes de se comunicarem entre somariam mais de 1,3 bilhão de locutores nos próximos vinte anos. São, portanto, três famílias de considerável relevância (inglês, chinês e línguas romanas) e, finalmente o árabe (448 milhões de locutores previstos para 2025), que apresentam a mesma tendência a encarnar a hipercentralidade linguística no âmbito mundial. Limitar essa situação somente ao inglês reflete uma extrema falta de capacidade de visão de futuro.

Pluralismo lingüístico

A necessidade de um pluralismo lingüístico na Europa oferece razões de sobra para que se ensinem todas as línguas

Se os países de línguas romanas decidirem promover em seus sistemas educativos métodos de ensino da intercompreensão, estas línguas poderiam juntas adquirir uma co-hipercentralidade com o inglês. Quanto ao chinês, a segunda candidata a este status, as coisas já estão a caminho. Joël Bel Lassen, inspetor geral do chinês como disciplina de língua estrangeira, comenta que “em doze anos, 100 milhões de turistas chineses irão percorrer o mundo. Na Ásia, o chinês se tornou uma linguagem veicular. Em negociações entre japoneses e coreanos, a comunicação é feita em inglês ou mandarim. Na Coréia, o chinês se tornou indispensável, adquirindo juntamente com um inglês um caráter prático7 ”. De fato, quem pode pensar seriamente que um milhão e meio de chineses, mesmo em filiais de empresas multinacionais, irão dialogar entre si em uma outra língua que não o chinês?

Já que as ilusões se focam sobre o inglês de “comunicação internacional”, falemos disto. Nós conhecemos apenas as linhas limítrofes das comunidades profissionais com léxico preciso: aquela dos pilotos de barcos, o ‘Seaspeak’, atualmente substituído pelo Standard Marine Communication Phrases (SMCP), formulado a partir do inglês falado por locutores de várias outras línguas; ‘Airspeak’, usado nos aviões e pelo controle aéreo; o inglês técnico, dividido com ‘colegas invisíveis’ pesquisadores de diferentes áreas; o da hotelaria; o das várias ramificações legais; o das finanças etc. É questionável, portanto, o ensino de tais línguas na escola primária, se elas podem ser aprendidas posteriormente caso realmente haja necessidade. Então, que língua é esta? Rudimentos da gramática e léxico da vida cotidiana? Seria necessário definir o “pacote pedagógico” e adotar ferramentas didáticas adequadas. O ensino de tal pacote não seria aplicado da escola primária à terminal; de quatro a cinco anos de estudos durante a vida escolar do estudante seriam mais do que suficientes.

No momento, o ensino de não uma, mas de duas línguas estrangeiras na escola primária consiste em não menosprezar o futuro. Aliás, foi isso que decidiu o Conselho Europeu de Barcelona, em 15-16 de março de 2002, sem contudo indicar que o inglês seria uma das línguas em questão. Se considerarmos a necessidade de um pluralismo lingüístico na Europa, haverá razões de sobra para que se ensinem todas as línguas (incluindo regionais e asiáticas) ou famílias de línguas, com exceção do inglês: haverá todo o tempo para aprendê-la como terceira língua, caso este pacote seja elaborado.

Prazer no diálogo

Introduzir a intercompreensão das línguas romanas desde o primário é dar as crianças o prazer de compreender duas ou três línguas da Europa

É preciso parar de dizer aos europeus que eles devem se comunicar entre eles somente em inglês. No seio da Comunidade Européia há 174 milhões de interlocutores de línguas romanas, contra menos de 70 milhões de locutores ingleses natos. Como diz Umberto Eco, “uma Europa de poliglotas não é uma Europa de pessoas que falam fluentemente várias línguas, mas, na melhor das hipóteses, de pessoas que podem se encontrar falando cada uma sua própria língua e entendendo a do outro, apesar de não falar fluentemente8 ”. Introduzir a intercompreensão das línguas romanas desde o primário é dar as crianças o prazer de compreender duas ou três línguas da Europa.

Sob este ponto de vista, o Conselho da Europa elaborou meios preciosos, entre eles a Cadeira Européia Comum de referência para as línguas9 , a qual sugere uma escala em seis níveis e reconhece como perfeitamente legítima a possibilidade, para um aluno, de apresentar níveis de competência diferentes para a capacidade de compreensão e expressão de uma mesma língua. Haverá a necessidade de avaliar as conseqüências pedagógicas, que serão revolucionárias, visto que atualmente os programas consideram que os professores devem exigir todas as competências de uma só vez, o que torna sua missão impossível, principalmente no ensino do inglês, que é uma língua particularmente difícil.

As resistências previsíveis dos professores de línguas aos objetivos limitados a intercompreensão poderão ser transpostas se, enquanto cidadãos, eles são parte de um debate que é ao mesmo tempo planetário, europeu e nacional. Um debate geopolítico e cultural. Uma verdadeira “Grande Querela” do início do século, digna dos tempos Antigos e Modernos, mas onde a modernidade não se situa onde acreditavam os “gallo-ricains10 ”.

(Trad.: Andréa Curiacos Bertolini)

1 - Alain Minc, La Grande Illusion, Grasset, Paris, 1989.
2 - Em 24 de novembro do ano passado, Claude Thélot recebeu o prêmio 2004 da Académie de la carpette anglaise, que o consagrou “um membro da elite francesa particularmente dedicado em promover a divulgação da língua anglo-americana”. O prêmio “Estrangeiro Especial” foi concedido a Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), por ter exposto em inglês a política do BCE. Informações sobre a Académie: 06 75 26 88 05.
3 - Em uma tiragem excepcionalmente publicada em inglês (Last but not least) em de 22 de outubro de 2004, o jornal Le Monde incentivou de maneira estusiasmada a proposta da equipe de Thélot e criticou aqueles que eram contra a mesma: “Já se levantam o grande exército des defensores da língua francesa e os batalhões de sindicatos, prontos a defenderem seu território.”
4 - Ler “Au service des langues romanes”, “Parler français ou la langue des maîtres”, “Le mur de l’anglais” e “La langue-dollar”, respectivamente em Le Monde diplomatique de março de 1994, abril de 1994, maio de 1995 e maio de 2000.
5 - Entrevista cencedida à Enjeux, em maio de 2002. Claude Hagège atingiu o grande público através de seus trabalhos de divulgação, entre os quais citamos: Le Français et les Siècles (1987), L’Enfant aux deux langues (1996) e Halte à la mort des langues (2000), todos eles publicados pela editora Odile Jacob (Paris).
6 - La Francophonie dans le monde 2002-2003, Organização Internacional da Francofonia, Conselho Consultivo/ Larousse, Paris, 2003.
7 - Libération, 13 de setembro de 2004.
8 - Umberto Eco, La Recherche de la langue parfaite dans la culture européenne, Seuil, col. “Points”, Paris, 1997.
9 - http://culture.coe.int/portfolio. Ler “L’enseignement des langues vivantes à l’étranger: enjeux et stratégies”, Revue internationale d’éducation, Sèvres, n° 33, setembro de 2003.
10 - Expressão sugerida por Henri Gobard em Le Monde diplomatique, dezembro de 1974.




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