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Jornalista, autor do livro Dernier Empire, ed. Grasset, 1996 e de De Gaulle, ed. Perrin, Paris, 2000
O regime sírio está sob pressão desde o fim da guerra no Iraque, apesar de ter tomado medidas que agradavam Washington, onde as intenções de desestabilizar o governo de Bachar Al-Assad foram desviadas momentaneamente pela resistência iraquiana
A vitalidade da resistência iraquiana, encarnando a revolta contra a invasão estrangeira, fez desabar todos os prognósticos norte-americanos. Seu futuro e seu êxito dependerá de sua capacidade de superar suas profundas divisões internas
Vistos pelos EUA como inimigos, apesar de terem cedido às suas pressões, dirigentes iranianos dão uma guinada em sua política externa levando em conta a importância assumida pela resistência iraquiana no cenário regional
Diante do desenvolvimento espetacular das organizações xiitas no Iraque, o regime iraniano vê aumentar as ameaças norte-americanas e a exasperação de grande parte da população com o poder dos mulás e com a impotência dos grupos reformistas
A necessidades de tempo para reunir tropas na região do Iraque e a decisão de Bush de se submeter às Nações Unidas favoreceram a oposição mundial à guerra e o crescimento da crítica à hegemonia norte-americana
As divergências entre a França e os Estados Unidos datam de julho de 1958, quando, por ocasião de um encontro com o secretário de Estado Foster Dulles, o general De Gaulle rebateu, ponto por ponto, as teses defendidas pelos norte-americanos
O esforço para impedir o surgimento de um rival, a luta contra o terrorismo e a guerra (não terminada) do Afeganistão – objetivos estratégicos dos EUA – inserem-se num espaço geográfico que envolve a Rússia, a China e a Índia
Anunciada por Bush, e expressa claramente em documentos da Casa Branca, a nova doutrina militar dos EUA impõe por meios bélicos a ordem mundial defendida por Washington, e reacende o risco de um conflito nuclear
Três obras importantes, ricas e atuais, debatem a estratégia norte-americana pós-11 de setembro e o caos, ódio, fanatismo e barbárie das guerras contemporâneas
Em seu discurso em 31 de janeiro, o secretário norte-americano da Defesa, Donald Rumsfeld, traçou a essência da nova era da hegemonia militar dos Estados Unidos: colocou no mesmo campo inimigo organizações terroristas e países que supostamente as apóiam. E, justificou, assim, a explosão do orçamento militar
Em oposição à política de Bush, há uma corrente que tem por alvo o Iraque e outros países árabes, origem dos homens de Bin Laden e de outros grupos terroristas. É, portanto, no Oriente Médio que os Estados Unidos devem travar e ganhar essa guerra
Uma visão reveladora da corrente política e social que se denomina “islamita”, e de que o Hamas é a expressão palestina, é a de que o que pode mobilizar o mundo árabe e muçulmano é a religião, e não as “revoluções”
Os resultados obtidos durante a época de Boris Ieltsin, assim como o colapso econômico, social e mesmo moral que daí decorreram, dissiparam muitos sonhos e destruíram muitas esperanças e expectativas
Sob críticas das outras potências nucleares, estrategistas norte-americanos esperam retomar, após as eleições, o projeto do National Missile Defense. Ao tentar estabelecer a supremacia absoluta dos EUA, ele pode desencadear uma nova corrida nuclear