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No ensino, ao contrário do que sempre ocorreu, o professor terá de partir partir do mundo real para o pedagógico. Isso significa que a escola começa se alimentar da inteligência coletiva que emerge da rede. Uma revolução não-televisionada, que rompe os muros da educação
Carinho é gostoso, tapa é ruim. De quantas pesquisas necessitamos para ter certeza disso? Lembrando Belchior em uma outra música, não precisamos que nos digam de que lado nasce o sol porque bate lá nosso coração — e a esperança de um futuro melhor para nossas crianças
Como já não é possível condenar as cotas sociais, os conservadores deciciram atacar a discriminação positiva em favor dos negros. Declaram-se republicanos e meritocratas. É como se vivessem num país onde não houve escravidão e não é preciso enfrentar agora a desigualdade racial
Faz um ano: uma passeata, um ato de coragem, uma afirmação de direitos. Milhares de jovens avançam pelas ruas do Rio e retomam o terreno histórico da UNE a Praia do Flamengo. À moda do MST, simplesmente arrombaram o portão metálico e ocuparam a terra. Agora, é preciso ir além
A mudança do perfil social das universidades, com a entrada de dezenas de milhares de jovens antes excluídos, exige uma politica ativa de igualdade. Além de habitação e transporte dignos, é preciso assegurar a todos tempo livre para estudo, amplo acesso a livros e a outros bens culturais
Pretos, pobres, e quase-pretos, de tão pobres, estão ingressando no ensino superior aos milhares. Além de transformar suas vidas, a experiência pode levar a uma universidade mais democrática e menos branca. Mas há quem resista, com base numa visão liberal de mérito e qualidade
"Não somos imorais nem amorais: somos anti-morais, naquilo que a Moral do Dia impede o florescer de uma Ética da Solidariedade. Moral refere-se ao passado que sobrevive no presente. Ética, ao presente que se projeta no futuro". Mais um grande pensador brasileiro estréia no Diplô Brasil
Diplô Brasil apresenta uma polêmica que agita o movimento estudantil. Integrantes da oposição à diretoria da UNE defendem ocupação de reitorias, para barrar o Reuni e os planos do governo para o ensino superior. Bruno Cava, da Universidade Nômade e jornal Enxame, rebate: "trata-se de uma luta de poucos contra muitos, do status quo contra a transformação"
Lutar contra a reforma universitária e o REUNI é legítimo numa democracia. Mas que fique claro: trata-se de uma luta de poucos contra muitos, de incluídos contra excluídos, do status quo contra a transformação, do fetiche disciplinar contra a transcidiplinariedade. Enfim, da direita contra a esquerda.
O movimento de ocupações que emergiu nas instituições federais reivindica um legado que nunca deveria ter sido esquecido. Autonomia, democracia e liberdade são conceitos que ajudam na consciência de massas no Brasil, e fazem valer o princípio de universalidade do conhecimento
Um dos pólos de atração de estudantes de todo o mundo, os EUA possui mais de 4 mil instituições de ensino superior. Públicas ou privadas, os gastos com o ensino são elevados e chegam a 30 mil dólares anuais
A ultra-direita no poder fez um esforço deliberado para destruir a democracia social ao estilo norte-americano, reduzindo seus custos e efeitos igualitários. Seu alvo: a comunidade universitária. Suas armas: o ataque ao “politicamente correto” e as privatizações.
Pesquisa entre professores expõe os mecanismos da segregação escolar e da geração de racismos nos bairros e colégios pobres. Proposta: para fazer valer os valores da escola única, seria preciso estimular a diversidade de soluções organizativas
Como o sistema educacional norte-americano joga fora as idéias de “concorrência” e mérito para garantir que os filhos da elite tenham lugar cativo em um clube fechado de proteção e reprodução de seus quadros
Um caminho para levar o pensamento crítico de filósofos realmente dignos desse nome ao grande público e resistir à onipresença midiática de intelectuais de segundo escalão a serviço do poder
Para os “analistas” da grande imprensa, os professores em greve contra as reformas neoliberais pretendidas pelo governo francês são “descerebrados” e seu movimento, uma atitude “revanchista e irracional” que defende propostas “irreais”
Desde 1981, quando subitamente aumentou a carga horária de ensino em 50%, os professores universitários sofreram sem protestar a invasão das reformas, a multiplicação do número de alunos e a lenta degradação de sua condição de trabalho
Mesmo sem consenso pedagógico, o movimento dos professores reafirmou com vigor, na mobilização de 2003 contra a reforma descentralizadora de Raffarin, seu vínculo com o serviço público de educação nacional e sua vocação democrática
As escolas francesas se mobilizam contra a descentralização liberal da educação, que prejudica os profissionais e oferece condições para a criação de um mercado dentro do espírito de acordos internacionais já assinados na OCDE
A OCDE, o Banco Mundial e a Comissão Européia vêem o ensino como mero instrumento das políticas de emprego num contexto de competitividade e globalização econômica, abrindo espaço para uma “política mundial da educação”.
Com 22,6% de sua população vivendo em pobreza absoluta e 29% de desemprego, a Argélia comemora 40 anos de independência. Mas há esperanças: o analfabetismo caiu de 74,6% para 31,9% e o índice de escolarização é de 90%
Tomadas por uma febre comercial, e incentivadas pela OMC, as universidades voltam-se cada vez mais para o ensino via Internet, apesar da suspeita sobre a eficácia pedagógica destes métodos. Vale a pena examinar o passado deste método, bem menos "moderno" do que se imagina