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No momento em que a influência dos Estados Unidos sobre o resto do mundo parece ameaçada, vale a pena ensair uma comparação entre a o império norte-americano e o que o precedeu. Ela revelará, entre outros pontos, que a Grã-Bretanha teve, em meados do século 20, a sabedoria de perceber que seu poder tinha limites. Os EUA serão capazes do mesmo?
Um dos países mais pobres do mundo vive de novo em estado de guerra civil, em virtude... de suas riquezas. Terceiro maior produtor de urânio do planeta, o Níger entrega o minério à exploração de transnacionais — que têm o apoio das forças armadas contra a população tuaregue
Ao reativarem a IV Frota, os EUA sugerem que têm força para, por exemplo, bloquear o comércio externo da América do Sul. Em teoria, a disposição de um estado mais poderoso a exercer violência só pode ser enfrentada por alianças entre parceiros que consigam superar suas próprias rivalidades
A economia do continente já cresce 5,5% ao ano, duas vezes mais que em 1990. Mas há algo grave por trás dos números: a África caminha para ser, pela terceira vez, o espaço privilegiado de uma grande competição imperialista, o palco em que as potências disputarão riquezas e posições militares
No crepúsculo da Era Bush, centenas de neo-conservadores norte-americanos embarcam num cruzeiro marítimo, durante o qual debatem o "sucesso notável" dos EUA no Iraque, a "inexistência" do aquecimento global e o "risco iminente" de dominação muçulmana sobre a Europa. Nosso repórter estava com eles
Novas informações revelam: bombardeios dos EUA sobre o país, entre 1965 e 73, foram cinco vezes mais intensos que se supunha, e possivelmente os mais pesados da História. Brutalidade entregou população ao extremismo genocida do Khmer Vermelho — presságio do que pode ocorrer no Iraque
No período recente, quase toda vez que um presidente norte-americano enviou tropas ao exterior, o Congresso abdicou de suas prerrogativas constitucionais em matéria bélica. Daí os obstáculos que enfrentam agora os democratas realmente desejosos de pôr fim aos combates no Oriente Médio
Com sua retórica arrogante e a emergência de novos governos de esquerda ou centro-esquerda no continente, o governo norte-americano perdeu a mão na região. Mas ainda conta com poderosos fatores de influência, como os tratados de livre comércio e a chamada cooperação militar
Rotulando todo e qualquer conflito na região como um confronto global entre o Bem e o Mal, a política neoconservadora dos Estados Unidos estabeleceu vínculos antes inexistentes entre crises locais, municiou o fanatismo islâmico e criou o maior foco de instabilidade do planeta
Há mais de um século, o capitalismo separou os proprietários jurídicos dos meios de produção de quem os administra. Diversos autores dedicaram-se ao estudo dessa cisão
A ordem social moderna comporta não uma, mas duas forças sociais dominantes: ao mundo dos “capitalistas” articula-se o dos gestores privados e públicos. É a essas duas forças que deve se opor o conjunto das “classes fundamentais populares”
As divergências no interior do stablishment norte-americano tornam-se agudas, num sinal de que a guerra contra o Iraque pode ter revelado as debilidades do exército e, ainda mais grave, devastado a "legitimidade mundial da América"
Depois da derrota eleitoral na França, paremos tudo e repensemos. É preciso começar pelo retorno ao que seria a raiz do conflito entre a esquerda e a direita, que não se traduz por “valores”, mas pela questão fundamental do controle da economia
(Na internet, a partir de setembro)
Sem alarde, Estados Unidos, Rússia, União Européia e China travam uma intrincada batalha pela região em torno do Mar Cáspio. Rica em petróleo e gás, marcada por regimes instáveis e disputas religiosas, ela pode ser o centro de grandes conflitos no século 21
Quatro livros recém-lançados examinam o recurso à violência pessoal, a pretexto de obter reivindicações políticas. Entre os debates necessários, uma pergunta incômoda: que distingue o terror dos "inimigos" do que é praticado pelos "aliados"?
No momento em que os EUA usam fósforo branco e urânio empobrecido contra o Iraque, vale observar as seqüelas do agente laranja provoca no Vietnã, vinte anos após pulverizado
A revista do exército dos EUA descreve o produto químico como "arma psicológica" para desalojar insurgentes dos seus esconderijos, uma tática chamada "shake’n bake" ("agitar e assar")
A história do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) revela: por jamais cumprirem as cláusulas que prevêem seu desarmamento, e por buscarem uma ordem abertamente desigual, as cinco grandes potências nucleares estimulam na prática a corrida rumo às armas atômicas
É fácil identificar os motores que impulsionam tantos países a cobiçar poder atômico: ordem internacional regida pela força, deslocalização industrial e redes internacionais de traficantes
As deformações dos EUA sobre os “planos nucleares” de Teerã fazem lembrar o caso das “armas de destruição de massa” do Iraque. Suspeita: Washington estaria interessada em criar um oligopólio ocidental de produção de energia?
Em dezembro de 1999, o Panamá recuperou a soberania do canal. A Colômbia, no entanto, jamais recuperou o Panamá, província que lhe pertencia e lhe foi surrupiada por aventureiros internacionais em função de objetivos estratégicos comerciais
De 1925 a 1960, do manifesto contra a guerra do Rif ao dos 121, contra a guerra da Argélia, o pensamento e os compromissos políticos de André Breton constituíram sempre uma linha reta e nítida: o posicionamento a favor do lado minoritário
No contexto da globalização mercantil e financeira, ressurge o sistema de protetorados, cujas tutelas monetárias, econômicas e militares espezinham o princípio da soberania dos Estados, assim como o do direito à autodeterminação dos povos.
“Toda a cidade de Tetelmünde estava em chamas; uma tocha grandiosa, iluminada pelo furor ancestral dos obcecados, nos quais, inesperado, exigindo seus direitos, renascia o principal instinto do homem: a destruição.”
Desde 1941, Washington previa impor à França - como aos futuros vencidos, Itália, Alemanha e Japão – um estatuto de protetorado, concebendo um governo militar americano que aboliria qualquer soberania, incluindo o direito de cunhar moeda.
Desde o século 19, em nome do “progresso” e da “democracia” ou das “obrigações internacionais”, forças militares e econômicas dos EUA interviram em países latino-americanos, quando não usurparam território, garantindo seu controle do continente.
A pretensão ocidental de uma superioridade moral baseada na aplicação da democracia e do liberalismo e a necessidade de acesso ao petróleo foram os argumentos da partilha da região pelos franceses e ingleses, após a I Guerra Mundial.(Declaração britânica por ocasião da tomada de Bagdá em março de 1917 )
A Liga das Nações nasceu em 1919 com os EUA desejando administrar o mundo – como nesse início de terceiro milênio. Esvaziada no fim da Segunda Guerra, é sucedida pela ONU, que logo manifestaria a mesma impotência em relação a questões de desarmamento
A ’História das Índias’ é uma análise crítica, concreta, precisa e eloqüente de todas as justificativas para a colonização, as quais, como mostra frei Bartolomé de Las Casas (1484-1566), são as máscaras hipócritas da crueldade e da cobiça
Há 80 anos, tropas do império britânico tomaram Bagdá e tentaram decidir o futuro do país. Passado um primeiro momento, porém, reconheceram a hierarquia existente e devolveram o poder às elites do regime anterior
Logo, como todos os impérios anteriores, Washington, verdadeiro Extremo Ocidente, só poderá se ocupar, na expressão do escritor sul-africano John Michael Coezee, “de um único pensamento: como não acabar, como não morrer, como prolongar sua era”
Um livro que discute, principalmente, a busca pela justiça social nas Filipinas. Primeiro país asiático a se insurgir contra o imperialismo, jamais se libertou das relações feudais de propriedade e de poder que o acorrentavam – e acorrentam até hoje